28/07/2015 16h15min - Geral
9 anos atrás

Após 4 horas trabalhadores da Usinavi liberam a 163 aqui em Naviraí

Usinavi

O.Sales ► Com a Usina parada trabalhadores tem medo de colete da empresa

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Após 4 horas de bloqueio funcionários da Infinity Bio-energy (Usinavi de Naviraí) liberaram por volta das 13h50 o tráfego na BR-163. Eles protestam contra salários atrasados e FGTS que é descontado, mas não é depositado a meses. Segundo Polícia Rodoviária Federal (PRF), o congestionamento na rodovia chegou a 10 km sentido Itaquiraí e 7 km sentido Dourados. Cerca de 300 funcionários da antiga Coopernavi acampam de frente a empresa revindicando seus vencimentos. O operador de colhedeira Marcos Antonio Soares, que trabalha há 20 anos na indústria, disse que os funcionários vivem em situação de humilhação, pois estão vivendo de favores para sobreviver. Segundo ele, os vencimentos estão atrasados há 26 dias. “Muitos aqui estão com parcelas de carro e casa atrasados. Não aparece um representante da empresa para nos dar satisfação”, reclamou. Preocupado com a maior geradora de emprego da cidade, o prefeito Léo Matos (sem partido) irá para São Paulo essa semana onde tentará contato com os responsáveis pela empresa que pertence ao Grupo Bertin. Recuperação Judicial Sem resolver a crise financeira, a Infinity Bio-Energy, criada em meio à euforia do setor sucroenergético, em 2006, apresentou recentemente à Justiça um novo plano de recuperação judicial. Desta vez, a companhia pede autorização para a venda de três de suas seis unidades produtoras de etanol, energia e açúcar, o arrendamento das usinas restantes e uma renegociação com os credores de uma dívida estimada em R$ 1,9 bilhão. O plano prevê pagar credores com a venda das usinas Cridasa, em Pedro Canário (ES), Alcana, em Nanuque (MG), Central Paraíso, em São Sebastião do Paraíso (MG). Todas estão fechadas por falta de cana-de-açúcar para o processamento e são avaliadas em R$ 520 milhões pela empresa. A proposta prevê que 15% dos valores recebidos pelas usinas sejam destinados à quitação de dívidas trabalhistas. Outras três unidades da Infinity – a Disa, em Conceição da Barra (ES), a Ibiralcool, em Ibirapuã (BA) e a Usina Naviraí. Congestionamento sentido a Itaquiraí chegou a 10 quilômetros.Alguns funcionários acampam de frente a empresa.Eles cobram além dos salários atrasados o recebimento do FGTS que foi descontado e não depositado. /Portal do MS