02/06/2020 09h48min - Geral
4 anos atrás

Casos graves de covid-19 aumentam 80% em um mês e ritmo de mortes deve acelerar.

Casos graves de covid-19 aumentam 80%.

Henrique Kawaminami. ► Mesmo com pedido para ficar em casa, Hospital Regional concentra o maior número de internações graves por coronavírus.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Aumento dos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas duas semanas já muda o cenário de bonança verificado em Mato Grosso Sul. Com os menores índices de letalidade e de ritmo de mortes por covid-19 do País, o Estado compromete o bom desempenho com o descontrole de contaminações em algumas regiões.

Reflexo disto são os pacientes graves. A ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aumentou quase 80% em um mês.

Conforme dados da ferramente Monitora Covid-19, desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a média para duplicação do número de morte no Estado, é de 28 dias. O Pará, por exemplo, é o estado com o ritmo mais acelerado de registros. A média de duplicação é de 7,1 dias.

Até o momento, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) registra 20 mortes por coronavírus em Campo Grande (7), Três Lagoas (5), Batayporã (2), Brasilândia (2), Dourados (2), Paranaíba (1) e Vicentina (1). A taxa de letalidade é de 1,3%.

Conforme o infectologista da Fiocruz, Júlio Croda, a tendência é acelerar o crescimento de óbitos principalmente com o aumento de casos das últimas duas semanas. Até o dia 18 de maio, o Estado registrava 613 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. Até esta segunda-feira, as confirmações estavam em 1.568. Ou seja, mais que duplicaram em apenas 15 dias.

“Alguns que ainda estão internados podem vir a falecer nos próximos dias. Nesta semana ou na outra. Já que a média de internações é de 15 dias. Então, é aí que a gente vai ver a real letalidade. A partir desse aumento de casos importantes que aconteceram nessas últimas duas semanas a gente vai ver o impacto disto”, avaliou.

O aumento de casos em curto espaço de tempo se deve a surtos verificados na região da Grande Dourados, no sul do Estado. Contaminação entre funcionários de frigoríficos, que não pararam de funcionar durante a pandemia, acabou levando o coronavírus para municípios ainda sem confirmações de covid-19.

Internações – A internação de pacientes graves servem de infeliz termômetro para óbitos futuros. De acordo com o boletim da SES, divulgado hoje, há 64 paciente ocupando leitos hospitalares por causa da covid-19. Destes, 14 estão na UTI.

Há um mês, no dia 1º de maio, apenas 15 pacientes ocupavam leitos no Estado, sendo apenas três considerados graves. Em 30 dias, o aumento de internações foi de 78,5%.

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