26/11/2019 09h13min - Política
5 anos atrás

Governador diz que PSDB respeita acordos e mantém apoio a Trad em 2020

Governador diz que PSDB respeita acordos

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Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse nesta segunda-feira (25) que o partido vai cumprir o acordo e apoiar a candidatura à reeleição do prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD). Hoje, o Correio do Estado noticiou que uma resolução da executiva nacional do PSDB “deve apresentar candidato próprio a prefeito nas eleições de 2020, nos municípios com mais de 100 mil eleitores, naqueles que tenham geração de programa de televisão e nos considerados estratégicos pela Executiva Nacional”. “O PSDB sempre foi um partido de cumprir acordo, então não tenho dúvida que essa resolução é um indicativo. O partido sempre respeita as decisões locais, podemos ter a tranquilidade que o PSDB Nacional não fará nada sem ouvir o diretório nacional, o diretório municipal e as lideranças do Mato Grosso do Sul”, garantiu. Mesmo com a ameaça de eventuais processos administrativos na resolução, Azambuja acredita que é possível haver um consenso. “A executiva nacional vai ouvir que é melhor, o que nós entendemos que é melhor nos acordos que fizemos. Todo partido dá uma diretriz, mas não vai contra as decisões, principalmente sobre cumprimento de acordos políticos”, explicou. Sobre a confirmação ou não desse apoio, o governador disse que a decisão só será tomada em abril de 2020, às vésperas da data-limite para a desincompatibilização dos cargos para aqueles que serão candidatos. “Vai ter muita mudança de quadros porque não tem mais coligações nas proporcionais, então vamos ter um rearranjo aí das estruturas partidárias no Mato Grosso do Sul e no Brasil. E nesse momento, não tem dúvida que a Executiva Nacional vai ouvir qual é o interesse do partido nas capitais, nas cidades com 100 mil habitantes, qual é o alinhamento que vamos dar”, reforçou. DETERMINAÇÃO Nas eleições estaduais de 2018, Azambuja teve o apoio de Trad, que em troca, prometeu apoiar a reeleição do prefeito da Capital em 2020. A Executiva Nacional avaliou a importância das eleições do ano que vem para o pleito de 2022, quando são eleitos o presidente da República, senadores e deputados federais e estaduais. De acordo com a resolução do PSDB, as executivas municipais têm de manter a nacional informada das iniciativas que objetivem coligação na chapa majoritária e precisam de autorização para comporem. O presidente municipal do PSDB em Campo Grande, vereador João César Mattogrosso, em entrevista ao Correio do Estado disse que ainda não está definido o apoio entre o partido e o prefeito. “Não está definido o apoio ao Marcos Trad, existe uma intenção, mas até agora nada oficial. Essa decisão iremos tomar ano que vem, no momento certo, depois de ouvirmos nossos filiados e lideranças”. “IMPOSIÇÃO” O presidente do PSDB-MS, Sérgio de Paula, disse em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (25) que a Resolução 010/2019 é clara e impositiva. “Aqui está bem claro, bem claro. É uma imposição, mas eu sempre digo que atrás de uma imposição tem uma orientação. Está dizendo assim: busque o poder nesses grandes centros porque temos uma candidatura em 2022. Porque é importante esse fortalecimento”, disse Sérgio sobre sua interpretação com relação ao texto do presidente nacional Bruno Araújo, assinado no dia 19 deste mês, e se referindo a possível candidatura de João Dória, governador de São Paulo, à presidência da República. Sérgio de Paula manteve o discurso que apenas em março deve ser avaliado se será realizado o apoio do PSDB ao PSD. “Isso é fortalecimento de partido. Aqui eu já falei várias vezes que em março vamos tratar desse assunto. Aqui tem um diretório municipal constituído, com certeza vão fazer consulta ao diretório estadual. Eu sempre digo que toda regra tem suas exceções, o partido tem três governadores no Brasil - em Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul -, logicamente que essas decisões do partido vão passar pela mão desses governadores”. Correio do Estado