10/05/2017 08h35min - Política
8 anos atrás

Atraso no Aquário faz Azambuja chamar André de incompetente


Álvaro Rezende ► Canteiro de obras do Aquário do Pantanal está parado até junho.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Antecipando qualquer cenário de disputa eleitoral para 2018, o tom de críticas e acusações envolvendo problemas e atrasos em obras no Estado começa a se intensificar. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não mediu palavras para criticar o antecessor, André Puccinelli (PMDB), que pode figurar na disputa para o Executivo estadual no próximo ano. Azambuja já reconheceu que começou a buscar apoio para o pleito. Os comentários foram feitos hoje à tarde, em agenda na Assembleia Legislativa, durante coletiva de imprensa. O resumo do assunto foi que o governador sugeriu que Puccinelli é incompetente por não ter finalizado o Aquário do Pantanal. "Faltou competência para uma pessoa que contrata uma obra por 88 (milhões de reais), gasta 230 (milhões de reais) e não termina. Então acho que é uma piada, não dá nem para responder um negócio desse", afirmou, ao ser questionado sobre como recebia críticas vinda de Puccinelli relativas à paralisação do empreendimento. Mais a frente, o governador completou. "A gente não precisa dizer quem é incompetente para contratar uma obra. Esses exemplos não são bons para serem seguidos por ninguém", cravou. Azambuja também atribuiu a dificuldade em conceder reajuste salarial para os servidores por medidas tomadas por Puccinelli em 2013, quando houve aprovação de planos de cargo e carreira . "O abono continua, estamos conversando (sobre possível aumento salarial). É quase impossível darmos reajuste. Nos dois anos (de governo, 2015 e 2017), nossa folha de pagamento cresceu 34%. Não tivemos inflação de 34% nesse período. Isso foi resultado daqueles planos de cargo e carreira que o André fez as pegadinhas dele no final do governo e deixou a conta para gente pagar. Plantou isso em 2013. É uma piada", disse. AQUÁRIO DO PANTANAL A paralisação na obra já resultou em vidros quebrados, infiltrações, mofo e ferrugem. Até agora, a construção já consumiu R$ 123,46 milhões, mas o contrato inicial previa custo global de R$ 84 milhões. Estimativa do Governo do Estado é de que seriam necessários mais R$ 50 milhões para conclusão da obra, que já consumiu 25% de verbas acima do previsto em aditivos. O contrato firmado em 2011 foi com a empreiteira Egelte Engenharia Ltda. Em 1º de fevereiro foi assinada suspensão no canteiro de obras com prazo de validade de 120 dias, ou seja, até junho deste ano. Já foi proposto para a Cataratas do Iguaçu S.A., que ganhou 25 anos de concessão para administrar o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, receber extensão de contrato se arcar com os R$ 50 milhões que faltam para conclusão. Conforme o advogado constitucionalista, André Borges, a concessão de mais esta etapa à Cataratas pode ser feita por meio de alteração no contrato já assinado com a empresa. CorreiodoEstado