15/03/2015 19h06min - Geral
10 anos atrás

Manifesto levou mais de 100 mil paras as ruas de Campo Grande

Manifesto

CGNews ► Protesto tomou conta da principal avenida da ca´pital

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Por volta das 18h começou a dispersão e o público começa a voltar para o Centro da cidade. Durante toda a caminhada, até os Altos da Avenida Afonso Pena, não houve qualquer incidente registrado, garante a Polícia. “Mas nós continuamos acompanhando, porque a dispersão preocupa”, explica o comandante Ovelar. O movimento engrossou consideravelmente na altura do bairro Jardim dos Estados. Muita gente era vista saindo de casa ou estacionando o carro nas ruas que dão acesso à Afonso Pena para acompanhar o protesto. Poucos apareceram sem um detalhe em verde ou amarelo. A maioria vestiu camisetas da seleção brasileira e levou bandeiras. Nos cartazes, a palavra impeachment dominou, mas muitos também pediram intervenção militar, apesar da música no trio elétrico ser um dos símbolos da luta contra a Ditadura, “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandre. “Seria interessante uma intervenção militar”, defende Rafael Echeverria, engenheiro civil de 27 anos. Para ele, o ocorreu durante os anos de chumbo no País não significa nada hoje. “A população agora é diferente”. Apesar dessa posição radical, ele diz ser contra o impeachment. “A saída da presidente não adianta, precisamos de uma reforma política. Não é só a presidente a culpada, mas todos os políticos, principalmente o Senado. Por isso a intervenção”. O movimento levou dois trios elétricos e até drones para registrar as imagens da avenida. Representantes do produtores foram a cavalo e também havia grupo de motos Harley Davidson. Dentre os manifestantes, a pedagoga Dayse Bernardo, de 50 anos, também é favorável ao impeachment e diz que pouco importa quem vai assumir. “O importante é que as pessoas vão vigiar. Vai tirar um partido que acoberta a Dilma em tudo”, argumenta. A auxiliar administrativa, Antônia Barbosa, segue o mesmo raciocínio. “Não importa a pessoa que vai assumir o povo não vai ficar quieto”, assegura.. CGNews