19/12/2018 09h02min - Geral
6 anos atrás

"Se quiseram retaliar a mim, acertaram a cidade deles", diz prefeito sobre vereadores


Valdenir Rezende / Correio do Estado ► Marcos Trad esteve no estúdio do Correio do Estado

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


“Se quiseram retaliar a mim, acertaram a cidade deles”. Foi com estas palavras que o prefeito Marcos Trad comentou a derrubada dos 67 vetos que ele fez ao texto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, que os vereadores lhe entregaram. O prefeito, e também dirigentes de entidades ligadas ao mercado imobiliário e a construção civil, em Campo Grande, temem fuga de investimentos. No contexto da derrubada dos vetos de Trad ao Plano Diretor, estão declarações do prefeito de que vetaria o aumento de salário dos vereadores e o recuo da casa à projeto de emenda à Lei Orgânica, que aumentaria o salário do prefeito e provocaria efeito cascata (mais detalhes em reportagem da página 3). “Não foram meus. Os vetos são da cidade. Quem elaborou foi um corpo técnico composto por Secovi (Sindicato da Habitação), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), Associação Comercial, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)”, explicou o prefeito. CIDADE TRAVADA Entre as medidas vetadas por Trad, e que a Câmara recolocou no Plano Diretor, está a possibilidade da cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de forma progressiva no tempo, em toda a zona urbana. Se o texto do prefeito passasse ontem em plenário, somente os bairros centrais (Macrozona 1) seriam passíveis da cobrança. Esta tributação força os proprietários a edificar seus terrenos, e dar o que a legislação chama de “função social da propriedade”. Em terrenos mal aproveitados, a cobrança do imposto pode ser majorada em até 15% durante cinco anos e depois, até mesmo, desapropriado. Correio do Estado