21/12/2018 08h50min - Geral
6 anos atrás

Sem mandatos, deputados planejam futuro longe da Assembleia


Victor Chileno/ALMS ► Deputados Junior Mochi (MDB), Maurício Picarelli (PSDB) e Amarildo Cruz (PT), durante sessão

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Dos 24 deputados estaduais, apenas 13 foram reeleitos, ou seja, 11 terão um novo caminho político ou profissional a partir do ano que vem. Eles fizeram questão de se despedir dos colegas nas últimas sessões desta semana, além de já adiantar quais os projetos a partir de fevereiro, quando não estarão mais no legislativo estadual. Após 31 anos e oito mandatos, Maurício Picarelli (PSDB) não conseguiu neste ano os votos suficientes para seguir no legislativo. Ele fez questão de agradecer o apoio dos colegas e funcionários da Casa de Leis e disse que vai começar “uma nova história de vida” a partir de 2019. No local ocupou cargos importantes, como corregedor-geral da Assembleia. Ele é cotado para assumir cargo no governo estadual, mas por enquanto não confirma, dizendo que se trata de uma decisão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano lembrou que nesta trajetória chegou a ser “deputado constituinte”, além de sempre exercer a profissão de jornalistas, em programas de TV. Disse que não “sentirá saudades” da Assembleia, porque vai estar sempre no local em contato com os colegas. “Estarei aqui como enquanto cidadão, jornalista e ex-parlamentar. Não estou indo embora, é um até breve”, disse o tucano, que reconheceu a intenção de continuar na vida política, não descartando inclusive ser candidato a vereador em 2020. Profissão – O atual presidente da Assembleia, Junior Mochi (MDB), também deixa o legislativo após três mandatos, porque concorreu ao governo estadual, ficando na terceira colocação. Ele disse que a intenção é fazer um mestrado ano que vem e voltar a atuar como advogado, fazendo consultoria jurídica. Também pretende contribuir para reorganizar o MDB. Já Amarildo Cruz (PT) que não foi reeleito, vai voltar ao seu cargo de fiscal tributário, na Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda). “Faltam apenas seis meses para aposentar na função, depois vou continuar meu escritório político e na luta partidária dentro do PT”. João Grandão (PT) também quer voltar a dar aulas, além de atuar como advogado. “Tenho minhas funções que posso retornar”. George Takimoto (MDB) e Paulo Siufi (MDB) também disseram que após deixarem os cargos, vão continuar e priorizar as suas carreiras de médicos. Takimoto inclusive pretende manter seus projetos sociais na área de saúde em diversas cidades do Estado, onde atende pacientes de forma gratuita. Já Siufi disse que vai seguir como pediatra, profissão que nunca deixou durante a política. Governo – A deputada Mara Caseiro (PSDB) admitiu que deve assumir um cargo no governo no ano que vem, não adiantando qual será o setor. “Ainda falta a definição do governador”. Ela disse que vai fazer parte da equipe de Azambuja, mas não descarta um retorno em breve para Assembleia. A tucana é a primeira suplente da coligação do PSDB e DEM. Enelvo Feline (PSDB), que já comandou a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) dentro da gestão tucana, também se colocou à disposição para fazer parte da segunda gestão de Reinaldo. “Posso ajudar em vários setores, se vier o convite do partido ou do governo, irei contribuir”. Ele também admite a possibilidade de ser candidato à prefeito de Sidrolândia em 2020. Desistiram – As deputadas Grazielle Machado (PSD) e Antonieta Amorim (MDB) sequer participaram da eleição estadual neste ano. No primeiro caso, haverá o retorno do pai da parlamentar, Londres Machado (PSD), que vai reassumir a base eleitoral. Já Antonieta disse que preferiu durante o pleito contribuir nos bastidores do MDB. Novo desafio – Diferente dos colegas, o deputado Beto Pereira (PSDB) não perdeu nas eleições, apenas vai mudar de cargo, seguindo agora para Câmara Federal. “Vou chegar em Brasília com o compromisso de participar e discutir as reformas para o País, além de defender o municipalismo, para melhorar a situação dos municípios”, disse o tucano.