20/10/2015 16h32min - Geral
9 anos atrás

Calor agrava perda de água e tem levado à morte até atletas experientes

Calor agrava perda de água

CGNews ► Exercício nesta época de valor deve ser acompanhado de bastante água recomendam os médicos

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A morte de atletas em competições de corrida ou ciclismo intriga, pois quase sempre são esportistas preparados e com longa experiência na atividade. Ocorre que o calor, cada vez mais intenso, requer atenção redobrada aos cuidados, que são considerados detalhes e podem acabar em desidratação, um dos fatores que levaram à morte Juliano Batista, 30 anos, durante a 6ª Meia-Maratona Volta das Nações, no ano passado, e o ciclista Marlus de Souza Freitas, 30 anos, que competia no domingo (18), sob calor de 40°C, e morreu por volta das 5h de hoje (20). Em caso de provas de longa duração, a desidratação ocorre, principalmente, pela perda de suor, que pode chegar até dois litros por hora. O calor nesta época do ano agrava a situação e pode levar o atleta a desidratação grave e, consequentemente, à morte. O professor de Educação Física, Carlos Augusto Licht Thiry, explica que o atleta deve ter orientação de um médico e treinador físico para saber até onde pode chegar e conhecer seus próprios limites. “Uma das recomendações é de que o esportista faça os treinos monitorados e no horário em que vai realizar a prova para ir condicionando o corpo”. Na semana que antecede a competição, o atleta deve continuar o treinamento, mas fazendo atividades mais leves, porque no dia vai usar 100% da sua capacidade, segundo Carlos. Nesta época do ano, com clima extremamente seco e quente, é fundamental que o esportista esteja bem hidratado. “A recomendação é de que durante as provas, o atleta pare nos pontos de apoio de 5 a 10 minutos para se recompor”. A médica Josete Gargioni Adames, especialista em cardiologia, faz a mesma recomendação. Em provas longas o atleta precisa parar nos pontos de apoio e consumir água, isotônico e alimentos ricos em carboidratos e proteínas. “O esportista nunca deve treinar em jejum e evitar alimentos como cafeína, açúcar e muita fibra como cereais, frutas, vegetais e leguminosas, porque podem causar desconforto intestinal”, diz. Marlus era Biomédico, trabalhava na Santa Casa de Campo Grande e morreu nesta madrugada, na unidade. Ele estava internado desde o último domingo (18), com quadro de desidratação severa, após passar mal durante competição de ciclismo, que aconteceu em Rochedinho, distrito da Capital. O ciclista largou às 7h e participava de um percurso de 102 quilômetros. Ele passou mal por volta das 14h, quando faltava 1 km para finalizar a prova. O corredor mato-grossense Juliano, morreu também no mês de outubro, durante a Volta das Nações, em Campo Grande, em 2014. O rapaz participava da meia-maratona de 21 quilômetros, quando sofreu uma parada cardíaca. Na época, houve polêmica sobre a insuficiência na distribuição de água no evento e o caso levantou discussão quanto a falta de cuidados necessários, que levam ao estresse do organismo e desencadeiam infarto ou parada cardiorrespiratória. CGNews