23/03/2017 14h11min - Esporte
8 anos atrás

Brasil visita o Uruguai para pôr um pé na Copa da Rússia


Reuters ► Brasil comemora um dos 28 gols marcados nas eliminatórias da América do Sul para a próxima Copa do Mundo

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Com todo respeito à Argentina do genial Lionel Messi ou ao Chile, campeão das últimas duas Copas Américas (2015 e 2016), mas Brasil e Uruguai farão na noite desta quinta-feira, às 20h (de Brasília), com transmissão da TV Globo, do SporTV e do GloboEsporte.com, o maior jogo das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018. Mesmo sem os dois camisas 9, Gabriel Jesus, machucado, e Luis Suárez, suspenso, as duas seleções têm números, feitos e glórias suficientes que reúnem motivos de sobra para defenderem essa tese. Separamos apenas nove, em homenagem aos desfalques, para contar esse clássico: 1) Líder x vice-líder O Brasil tem 27 pontos e o Uruguai 23. São as duas seleções com maior possibilidade de irem à Copa do Mundo de 2018 neste momento. A Celeste protagonizou o primeiro terço do torneio, com vitórias em sequência – sem Suárez, como alertou Tite – e ótimo futebol, até os pentacampeões arrancarem sob comando de Tite e assumirem a liderança. Nesta noite, ou o Brasil dispara ou o Uruguai encosta e embola novamente a disputa pela ponta. 2) As melhores defesas x os melhores ataques Ninguém fez mais gols nas eliminatórias do que o Brasil: 28 em 12 jogos. E ninguém sofreu menos gols do que o Brasil: 9. O Uruguai é o segundo nos dois quesitos: marcou 24 e levou 11. Com estilos diferentes, como a bola no chão canarinho ou os lançamentos longos da Celeste, as equipes têm alcançado o equilíbrio que todo técnico sonha: ataque eficiente e defesa segura. 3) O artilheiro Suárez não joga, mas o artilheiro das eliminatórias é Edinson Cavani, com oito gols. No melhor ano individual de sua carreira, o atacante deverá atuar com uma função de maior dedicação ao time nesta quinta-feira, aberto pelo lado direito, auxiliando na marcação. Foi assim, por exemplo na semifinal da Copa das Confederações de 2013, quando o Brasil venceu por 2 a 1 num tremendo sufoco. O gol uruguaio? Sim, foi de Cavani... 4) Os tabus O Brasil não perde do Uruguai há 16 anos. A última derrota foi na estreia de Luiz Felipe Scolari no comando da equipe, em 1º de julho de 2001: 1x0 no mesmo estádio Centenário, palco do jogo desta noite. Por outro lado, há um tabu a ser quebrado. Neymar, principal craque brasileiro, jamais fez um gol contra a Celeste. Foram dois jogos: 2x1 na Copa das Confederações de 2013 (gols de Fred e Paulinho) e 2x2 no primeiro turno dessas eliminatórias (Renato Augusto e Douglas Costa). 5) Quem é imbatível? O Brasil de Tite ou o Uruguai dentro de casa? Ambos levaram apenas um gol em seis jogos. No caso da Seleção, foi um gol contra, do zagueiro Marquinhos. Sim, nenhum jogador adversário conseguiu fazer gol desde que a comissão técnica foi substituída. Já o Uruguai foi vazado no Centenário pelo atacante Caicedo, do Equador. O saldo do Brasil de Tite nas eliminatórias é de 17 gols a favor e um contra. O Uruguai em casa tem 16 gol marcados e um sofrido. 6) O recorde de Tite. O recorde de Tabárez Se o Brasil ganhar, chegará à sétima vitória consecutiva e baterá o recorde da equipe de João Saldanha, que em 1969 bateu seis adversários em sequência em uma mesma edição das eliminatórias. Já Oscar Tabárez terá um feito a celebrar, independentemente do resultado. Ele comandará o Uruguai pela 168ª vez, e se tornará o técnico com o maior número de jogos por uma seleção, à frente do alemão Sepp Herberger. 7) Os substitutos Se Gabriel Jesus e Suárez não jogam, boa oportunidade de analisar seus reservas. No Brasil entrará Roberto Firmino, muito elogiado por seu técnico no Liverpool, o alemão Jürgen Klopp, e autor de um gol nessas eliminatórias, na goleada por 5 a 0 sobre a Bolívia, em outubro do ano passado. No Uruguai, o comando do ataque caberá a Diego Rolán, do Bordeaux, que já fez dois gols no torneio. 8) Protagonistas do 6x1 Ninguém se esquece da épica virada do Barcelona, que perdeu por 4 a 0 para o PSG na França, mas virou com um 6x1 na Espanha. Neymar fez dois gols, sofreu pênalti, deu assistência... Foi o cara do jogo no Camp Nou. Do lado francês, Cavani marcou nas duas partidas, mas não foi o bastante. O zagueiro Marquinhos cometeu um pênalti que causou muita discussão no centroavante Suárez. Brasileiros e uruguaios estão no topo do futebol mundial. 9) Pedra no sapato O Uruguai de Tabárez, em 11 anos, recuperou a autoestima da Celeste, foi semifinalista da Copa do Mundo de 2010, conquistou a Copa América de 2011 eliminando a Argentina de Messi na casa do rival, venceu Inglaterra e Itália no Mundial de 2014... Só faltou ganhar do Brasil. Essa é uma frase dita habitualmente nos bastidores da equipe. Foram várias chances, mas a Seleção sempre levou a melhor. O Uruguai fará de tudo para que nesta quinta-feira à noite, a história seja diferente. G1