26/04/2017 08h24min - Geral
8 anos atrás

Índios do MS participaram de protesto que terminou em confusão no DF


Wilson Dias ► Foi usado gás lacrimogênio para dispersar indígenas em frente do Congresso.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Um grupo de índios de Mato Grosso do Sul, a maioria deles de Dourados - cidade localizada a 233 km de Campo Grande -, participou nesta terça-feira (25) em Brasília (DF) de um protesto que acabou terminando com repressão policial, que usou inclusive gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes. PUBLICIDADE O ato fazia parte do acampamento Terra Livre 2017, mobilização nacional para cobrar direitos e políticas públicas para os povos tradicionais. De acordo com o ativista das causas indígenas, pesquisador e professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Neimar Machado, 60 índios do Estado participam do evento. Acampados na Esplanada dos Ministérios, os indígenas foram protestar em frente ao Congresso Nacional e, ao tentar entrar no prédio, foram impedidos pela PM (Polícia Militar), que acionou o grupamento de Choque. Após a confusão na entrada da Chapelaria, um dos acessos ao Congresso Nacional, os índios voltaram a ocupar o gramado em frente ao prédio e fecharam as pistas dos dois sentidos da Esplanada dos Ministérios. O grupo deixou cerca de 200 caixões pretos no local para simbolizar o "genocídio dos povos indígena", em uma crítica à bancada ruralista. De acordo com a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), 4 mil pessoas participaram da marcha, informa a Agência Brasil. Já a PM diz que 2 mil participaram. Encontro com senador - Nesta quarta-feira (26), líderes do grupo que faz o manifesto em Brasília vão se encontrar com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para apresentar as reivindicações. O assunto também será tema de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta quarta-feira. Uma das principais demandas a serem abordadas é a PEC (Proposta de Emenda à Constituição 2015/2000, que transfere do Executivo para o Congresso Nacional o poder de demarcar terras indígenas. CampoGrandeNews