04/08/2014 12h07min - Polícia
11 anos atrás

Quadrilha presa ostentava dinheiro e desafiava polícia na internet

Dinheiro sujo

G1 ► Na internet, criminoso se exibe queimando notas de R$ 50 e R$ 100

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Vinte e dois presos e 53 mandados de busca. Esse foi o saldo da “Operação Ostentação” realizada no início desta semana em Porto Alegre. A investida da polícia que desarticulou uma quadrilha apontada como responsável por vários crimes na capital gaúcha recebeu esse nome por causa da ousadia dos criminosos. Nas redes sociais, eles exibiam o dinheiro obtido com atividades ilícitas, armas e até desafiavam as autoridades. A investigação durou mais de três meses e envolveu duas delegacias de Porto Alegre. A “Operação Ostentação” começou quando a polícia percebeu que vários crimes cometidos na Zona Sul da cidade apontavam para o mesmo grupo de jovens. “A maioria deles de classe média. Acabavam entrando no mundo do crime porque dava muito dinheiro, eles estavam ganhando muito dinheiro com a prática criminosa”, afirma o delegado Luciano Peringer, responsável pela operação. “É uma quadrilha muito perigosa. Praticava roubos, assaltos e até tráfico de entorpecentes. "Acreditamos que sejam em torno de 200 assaltos, do inicio do ano para cá”, acrescenta outro policial. De acordo com a polícia, a especialidade do bando era roubo de carros. “Cada carro roubado era vendido pelo valor de R$ 2 a R$ 3 mil. Eles chegaram a roubar em um final de semana, na verdade em dia, num sábado, 14 veículos”, afirma o delegado. Todas as ações aconteciam de forma rápida e sempre da mesma maneira. Imagens feitas por câmeras de segurança flagraram um dos roubos. No vídeo, uma família aparece entrando no carro. Logo em seguida, outros dois carros chegam em alta velocidade. Os bandidos saltam e ordenam a retirada dos passageiros. Eles entram e arrancam com o automóvel roubado. Desta vez ninguém saiu ferido. Mas um policial militar, que foi rendido pelos bandidos durante um assalto, levou dois tiros ao tentar reagir. "Eu ouvi que ele falou assim: 'Atira e mata, que é polícia'. Ele encostou o revólver no pescoço e efetuou o disparo. E, mesmo assim, eu caído, ele me deu mais um tiro na cabeça”, ele lembra.