05/08/2019 14h29min - Geral
5 anos atrás

Governo quer Denar e laboratório forense em convênio anti-drogas

NARCOTRÁFICO NA FRONTEIRA

DIVULGAÇÃO ► Medidas foram discutidas em reunião anterior entre Ministro da Justiça e Secretário de Justiça do Estado.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O governo estadual estabeleceu reivindicações para manter o convênio com o Ministério da Justiça para combate ao narcotráfico na fronteira. Estão sendo requisitadas a construção de sede da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico e de instalações para um Instituto de Análise Laboratorial Forense. A fala aconteceu na manhã desta segunda-feira (5) durante entrega de materiais e veículos para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). Informações referentes às reivindicações foram divulgadas pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Videira, durante entrega de equipamentos para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da capital. De acordo com Videira, os pedidos serão apresentados no dia 15 de setembro em reunião entre Eduardo Riedel, secretário de Estado de Governo, e a equipe do Ministério da Justiça. Também foram requisitadas equipamentos e viaturas para as futuras instalações. O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou o convênio que tem por objetivo a cooperação do Governo Estadual no combate ao tráfico internacional de drogas no Estado. O convênio venceria no dia 28 de julho deste ano e, sem a renovação, as polícias Civil e Militar ficarão impedidas de atuar em ações voltadas ao tráfico de entorpecentes e toda a responsabilidade recairá sobre a Polícia Federal, que conta com efetivo reduzido e delegacias em apenas seis cidades do Estado. Segundo o secretário, cerca de 47% dos flagrantes feitos pelas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário do Estado são referentes ao tráfico de drogas. Videira afirmou que a atuação do governo federal em contrapartida é pequena. "Queremos um equilíbrio, já que hoje temos uma contrapartida ínfima, que tem impactado nos resultados da polícia civil. Crimes como roubos, homicídios, feminicídio deixam de ser apurados porque a polícia civil está trabalhando combatendo o tráfico", afirmou. Ainda segundo Videira, se o convênio não for firmado mesmo após aumento do prazo, o trabalho de investigação continuará sendo feito. Entretanto, o acordo dá prioridade para que a Polícia Civil, sem a necessidade de repassar o serviço para a Polícia Federal. Desde 2014, graças a um convênio intermediado pelo Ministério da Justiça, Mato Grosso do Sul divide com a União o papel de combater o narcotráfico no Estado, que é considerado um “corredor do tráfico” em razão dos 1.517 quilômetros de fronteira com o Paraguai e Bolívia. De lá para cá, as forças policiais estaduais já apreenderam 1.462.407,33 toneladas de drogas, principalmente maconha e cocaína, cujos destinos eram os grandes centros nacionais e internacionais. Correio do Estado