08/08/2016 13h08min - Geral
8 anos atrás

“Não tem como inibir rebeliões”, reconhece secretário de Justiça

Do presídio, 52 detentos foram transferidos

CleberGellio ► Secretário afirma que agência está preparada e que não tem como inibir rebeliões

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News


Na manhã desta segunda-feira (8), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa afirmou durante evento na Secretária de Segurança Pública que “Não tem como inibir rebeliões e tentativas de rebeliões nos presídios”. O secretário fez a afirmação depois de uma rebelião ser iniciada no Presídio de Segurança Máxima, da cidade de Navirai distante 359 quilômetros de Campo Grande, na última quinta-feira (4), quando três presos foram mortos sendo que um detento foi decapitado. De acordo com Ailton Stroppa, diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) “O monitoramento é constante, feito minuto a minuto e a rebelião não deve mudar isso” afirmou. Stroppa não acredita que a rebelião no presídio seja um avanço do Comando Vermelho no Estado, “Nem sempre é confronto entre facções, mas grupos rivais faccionados e grupos que são contra facções”. Sobre o fato de que presos teriam ‘jogado futebol’ com a cabeça do detento decapitado, Ailton Stroppa descartou a possibilidade, “Não acredito que isso tenha ocorrido por que vi a cabeça e não tinha lesões que apontassem para isso”, finaliza. De acordo com José Carlos Barbosa, uma equipe da Secretaria de Obras Públicas está indo ao presídio para fazer os levantamentos sobre os custos para a reforma, mas que ainda não se tem o valor que será necessário. Depois de a rebelião ser controlada na manhã de sexta-feira (5), dos 422 presos do estabelecimento penal, 52 foram transferidos para unidades em Dourados e Campo Grande. Rebelião Os presos iniciaram a briga por volta das 15 horas da quinta-feira (4) e depois de se recusarem a retornar para as celas após banho de sol, e ainda exigiam a retirada de alguns internos do presídio. Não houve reféns e segundo a Agepen, o reforço na segurança foi providenciado com o envio de mais agentes penitenciários e policiais militares da região e de localidade vizinhas para o presídio. Dois internos foram mortos e sete foram encaminhados ao hospital para atendimentos médicos. Midiamax