09/12/2015 08h41min - Geral
9 anos atrás

Governo federal não fala em dinheiro e oferece 1,7 mil kits humanitários para MS

Governo estadual se comprometeu a enviar seis equipes para reconstruir estradas

Divulgação  ► Rede de manilhas ficou destruída com força da água no sul do Estado

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, evitou falar em valores ao anunciar o apoio que o governo federal ofereceu a Mato Grosso do Sul para reconstrução de áreas atingidas pelas chuvas. São 14 municípios que decretaram estado de emergência. A estimativa do governo do Estado é que serão necessários mais de R$ 30 milhões para consertar pontes, estradas e controlar erosões. No primeiro momento, o ministro liberou o acesso a 1,7 kits de ajuda humanitária. Eles são especificamente para uso das famílias afetadas pelas enchentes. "Nesse primeiro momento, a prioridade é atender a população afetada, com cestas básicas, kits de limpeza, kits de higiene pessoal, kits dormitório e colchões. Já colocamos esse material à disposição do estado, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional (MI)", anunciou o ministro. Occhi sobrevoou a região Sul do Estado com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), depois reuniu-se com 11 prefeitos, três vices e um presidente de Câmara Municipal em Amambai, 350 quilômetros distante de Campo Grande. O papel do governo estadual será enviar mais seis equipes para realizar a reconstrução de rodovias. "A Defesa Civil e o próprio ministro disseram que eles (Governo Federal) podem fazer transferências diretamente às prefeituras para essa emergência: para óleo diesel, para locação de equipamentos e para fortalecer o parque de máquinas", explicou o governador. ESTRAGOS O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Isaías Ferreira Bittencourt, informou ao ministro e ao governador que o levantamento realizado com ajuda dos municípios identificou 80 pontes destruídas, mais de 3 mil quilômetros de estradas danificadas e oito quilômetros de drenagem levadas pela força da água. Foram registrados também erosões e desabamentos em áreas habitadas e na zona rural. "Toda a região espera uma trégua da chuva", comentou o prefeito de Amambai, Sergio Barbosa (PMDB). O governador ponderou que o atual momento é fazer o levantamento dos danos porque a União precisará publicar uma portaria indicando os municípios em estado de emergência. "Hoje estamos fazendo levantamento dos estragos. A resposta imediata é o restabelecimento, colocar as estradas vicinais em condições. Depois haverá um plano de reconstrução", afirmou Azambuja. Nesse segundo estágio, pode ser que as pontes de madeira que foram danificadas ou destruídas possam ser substituídas por edificações de concreto, que seriam mais resistentes a situações adversas. PREOCUPAÇÃO COM DOENÇAS Os prefeitos manifestaram que é importante se atentar para o fato de a dengue, chicungunya e Zika Vírus são doenças que podem se proliferar nas áreas afetadas porque há muita água parada. "Os prefeitos querem orientação da União para não entrarem em desespero. Estamos preocupados também com a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti", destacou o chefe do Executivo de Amambai, Sergio Barbosa. CorreiodoEstado