09/09/2015 10h16min - Geral
9 anos atrás

Pedágio na BR-163 será mais caro que o previsto.

Com base em contrato, valores reajustados ficarão entre R$ 4,70 e R$ 7,20

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Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Na próxima segunda-feira, 14 de setembro, quem trafegar pela BR-163 vai pagar pedágio. Serão instaladas nove praças de cobranças ao longo da rodovia que passa por 22 municípios de Mato Grosso do Sul. Os preços variam conforme o tamanho do trecho percorrido e ficarão entre R$ 4,70 e R$ 7,20. A empresa está reajustando os valores com base no contrato de concessão que permite a correção da taxa. Dessa forma, a tarifa básica, por 100 quilômetros, passou de R$ 4,38, conforme cálculo feito em maio de 2012, para R$ 6,48, agora. Na tarde desta terça-feira, 8 de setembro, a empresa CCR-MS Vias, concessionária que vai explorar a rodovia, apresentou balanço dos trabalhos, ainda em andamento na BR. Pelo contrato, serão duplicadas 804,3 quilômetros de rodovia. Até aqui já foram utilizados mais de 275 mil toneladas de massa asfaltica, e instalados 255 placas horizontais de sinalização. “Serão gastos mais de R$ 3,4 bilhões no trecho de duplicações da via, todos os locais perigosos que dão acesso a BR-163 estarão sinalizados até o final desta obra”, comenta diretor da CCR-MS Vias Maurício Soares Negrão. As obras começaram no dia 11 de outubro de 2014 e vão até 2018. Já foram detectados mais de 15 pontos de erosão no trecho. Foi necessário também limpar sete mil quilômetros para implantar uma sinalização melhor. A concessionária vai abrir mais de 240 empregos no Estado para trabalhar nos postos de pedágio. “Estamos dando oportunidades para contratar pessoas que moram ao redor dos pedágios, precisamos aumentar a economia das cidades que faz parte da BR-163.” Pedágios - A taxa mais cara será no trecho entre Campo Grande e Rio Verde. “É conforme o tamanho do trecho. Para a cidade de Pedro Gomes está sendo cobrado um valor dentro de 66 quilômetros. Em São Gabriel do Oeste, Mundo Novo e Jaraguari a cobertura varia entre 72 a 86 quilômetros. Agora em Campo Grande e Rio Verde de Mato Grosso a cobertura passa de 110 quilômetros, por isso que os valores serão mais altos”, explicou o diretor da CCR. Conforme a empresa, o contrato de concessão prevê uma série de compensações por mudanças que aconteçam. O valor da tarifa básica por 100 km, na época do leilão (valores de maio/2012), era de R$ 4,38. Em setembro/2015, houve os seguintes reajustes: de R$ 1,33 com base no IPCA; de R$ 0,12, por conta de compensação por investimentos fora de contrato; e de R$ 0,66, pelas perdas provocadas pela Lei do Caminhoneiro (eixo suspenso). Desta forma, o valor da tarifa básica por 100 km ficou reajustado em R$ 6,48. Caminhoneiros e empresas - A BR-163 é de grande utilização de caminhoneiros que vão para o Norte do País. No ano passados os caminhoneiros de todo Brasil fizeram greve pedindo a retirada da cobrança do eixo. Negrão explicou que no Estado será cobrada taxa do eixo de suspensão dos caminhões que frequentam a BR. “O Governo Federal pediu a retirada desta cobrança, mas não posso fazer nada. A cobrança está prevista no contrato.” Empresários e donos de postos de combustíveis instalados nos redores da BR-163 temem perder clientes com a duplicação da via. Isso porque o acesso dos motoristas aos estabelecimentos ficará dificultado. O diretor explicou que o projeto será mantido como está. Haverá retornos a cada 10 quilômetros na via. “Não tenho o que fazer, haverá retornos de 10 em 10 quilômetros. Mas não posso fazer nada para ajudar os empresários de postos ao lado da rodovia, tenho que seguir o projeto que fechei com o governo do Estado”, comenta. Postos de cobrança - Os postos de cobrança estão instalados nos seguintes locais: P1 – Mundo Novo (km 28,2); P2 – Itaquiraí (km 113,2); P3 – Caarapó (km 227,9); P4 – Rio Brilhante (km 313,7); P5 – Campo Grande (km 432,1); P6 – Jaraguari (km 533,8); P7 – São Gabriel do Oeste (km 603,4); P8 – Rio Verde de Mato Grosso (km 703,5) e P9 – Pedro Gomes (km 817,8). diáriodigital