28/04/2017 10h22min - Polícia
8 anos atrás

Mãe flagra ferimento no braço de menina e polícia investiga jogo virtual

baleia azul

arquivo ► O jogo pede mutilação e até a morte

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A Polícia Civil de Campo Grande investiga a participação de adolescentes do Estado em um possível jogo de mutilação propagado em um grupo de WhatsApp. O caso chegou ao conhecimento da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) depois que a mãe de uma das possíveis vítimas reparou em lesões no braço da filha. Os primeiros sinais de que algo estava errado com a menina, que terá o nome e a idade preservados, começaram em janeiro. Para a polícia, a mãe da garota contou que no início do ano reparou que a filha passava a maior parte do tempo trancada no quarto, que tentou se aproximar, mas não obteve sucesso. O tempo passou e foi só na semana passada que a mulher percebeu lesões no braço da filha. Para a mãe, a menina afirmou ter se machucado enquanto brincava com o cachorro, mas depois disso passou a usar roupas manga comprida a todo o momento. Preocupada, a mulher tomou o celular da vítima e nas conversas do WhatsApp encontrou um grupo com números de vários estados, que fazia analogia ao suicídio. Imediatamente ela procurou a Depca. Segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, a menina foi ouvida pelas psicólogas da delegacia e explicou que foi inserida no grupo em setembro/novembro do ano passado. Ela ainda detalhou que por várias vezes tentou sair da conversa, mas era novamente colocada e que a única pessoa que conhecia no grupo era uma colega da escola. Entre os vários membros, conforme do delegado, poucos números são de Mato Grosso do Sul. Lauretto ainda explicou que o nome do grupo não tem nenhuma ligação com o jogo da morte Baleia Azul, mas que as informações indicam que a conversa também se trate de um jogo. Um cartão, com todo o histórico de conversa do grupo foi entregue a polícia e repassado para a perícia, que vai analisar o teor das conversas, assim como os DDDs de cada contato e também se as ordens para a adolescente se machucar vinham de lá. O caso é tratado como induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. midiamax