26/09/2017 08h48min - Polícia
7 anos atrás

Naviraí - Delegado vai comparar laudo e versão de PM que matou agente em ônibus

Polícia Civil

Divulgação/Rede Social ► O papiloscopista, Jhones Gegiori Borges, morto por um PM no interior de um ônibus.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A Polícia Civil de Naviraí deve voltar a interrogar o cabo da Polícia Militar Vagner Nunes Pereira antes de encerrar as investigações sobre a morte do papiloscopista Jhones Gegiori Borges. Em seu último depoimento, o policial terá as informações comparadas ao laudo da perícia feito durante a reconstituição do caso. Pereira é autor confesso do assassinato do policial civil. O crime aconteceu no dia 13 de agosto após um desentendimento entre os dois policiais em um ônibus interestadual que seguia para Campo Grande. Borges foi morto com três tiros, um deles nas costas. Foi exatamente para entender a dinâmica dos fatos e principalmente dos tiros, que o delegado Eduardo Lucena realizou a reconstituição do crime. Com os laudos da perícia em mãos, o delegado espera ouvir Pereira nos próximos dias e confrontar as informações com o resultado dos exames. “Vamos interrogar ele para ver se a versão é fidedigna”, explicou. Sem dar detalhes do resultado dos laudos, o delegado lembrou que o período para a conclusão do inquérito foi prorrogado, mas deve ser enviado a justiça na próxima semana. O caso Conforme apurado pela reportagem, os policiais viajavam para de Naviraí para a Capital quando a briga começou. O papiloscopista, lotado na Polícia Civil de Naviraí, apresentava sinais de embriaguez e estaria ‘incomodando’ os passageiros do ônibus, por conta disso, o cabo da Polícia Militar, teria interferido na situação. Passageiros do ônibus relataram que apesar de embriagado, o papiloscopista não oferecia risco. Na versão do policial militar, os três disparos que mataram a vítima foram realizadas depois que ela fez menção de sacar uma arma. Para a polícia, por conta das circunstâncias apresentadas no local, Borges tentava na verdade pegar o distintivo. Os dois seriam lotados em Naviraí, mas não se conheciam. Segundo Lucena, se ficar comprovado excesso na reação do militar, Vagner pode ser indiciado por homicídio. Se afastada a hipótese, o inquérito será remetido à Justiça como legítima defesa. PortaldoMS