20/02/2018 13h49min - Polícia
7 anos atrás

Polícia resgata 521 aves traficadas aqui no Estado e aplica R$ 290 mil em multas

tráfico de aves

Divulgação /PMA ► Trafico de aves também preocupa a PMA do Estado

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Além do tráfico de armas e drogas, Mato Grosso do Sul também é ponto de partida do tráfico de animais. Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA), no ano passado foram resgatadas 521 aves traficadas, dentre as quais 345 eram papagaios, número que representa 66,22% do total. Em 2016, foram apreendidos 469 aves. Porém, o número de papagaios foi apenas de 16, ou seja, 96,23% inferior ao ano de 2017. O número é variável porque depende da maneira como os traficantes aliciam pequenos produtores rurais e assentados para participar. De acordo com a PMA, muitas pessoas participam do comércio ilegal de animais silvestres sem saber que estão cometendo crime ambiental. Por esse motivo, a fiscalização é reforçada no período que compreende entre os meses de agosto a dezembro. É nesta época que os papagaios se reproduzem e se tornam alvos ainda mais vulneráveis, especialmente os fihotes. Para combater o delito, a PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais. A região com maior incidência constitui os municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia, além de Naviraí e Mundo Novo. Nessa área, ninhos também são monitorados pelos policias, para evitar a retirada dos filhotes, visto que essa é a preocupação maior. "A base do trabalho é evitar a retirada dos animais, evitando custos à fauna e ao Estado, tendo em vista os altos custos financeiros, até a reintrodução dos filhotes na natureza", diz a PMA por meio de nota. AÇÕES Sabendo a forma de agir dos traficantes, a PMA realiza trabalhos preventivos nas propriedades rurais, por meio de informação da legislação e Educação Ambiental. Barreiras também são executadas nas saídas para o estado de São Paulo, que é para onde os papagaios têm saído. MAIS AVES Outro tipo de tráfico, do qual Mato Grosso do Sul é rota, é de canário-peruano (Sicalis flaveola valida). Esse animal entra no Brasil, trazido por traficantes peruanos, bolivianos e brasileiros e é levado, na maioria das vezes, para Brasília (DF) e para a região nordeste e norte de Minas Gerais, para ser utilizado em “rinhas”. Por ser uma espécie apenas um pouco maior, mas muito parecida com o Sicalis flaveola brasiliensis, o nosso “canário-da-terra” também é alvo de traficantes. A primeira apreensão registrada foi no ano de 2000, quando 400 canários eram levado para Brasília no porta-malas de um veículo. correiodoestado