07/08/2017 17h02min - Polícia
7 anos atrás

Político paraguaio preso em MS vai a júri em outubro por morte de jornalista

morte de jornalista

ABC Collor ► Neneco foi preso em Juti em 2015

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS), Vilmar Acosta Marques, o Neneco, será julgado no dia 16 de outubro deste ano pelo assassinato do jornalista Pablo Medina e da acompanhante dele, Antonia Almada. As mortes ocorreram no dia 15 de outubro de 2014 em Villa Ygatimí, departamento de Canindeyú, na fronteira com Mato Grosso do Sul. A Promotoria de Justiça vai pedir a pena máxima de 30 anos pelo crime, mas a defesa de Neneco afirma não existir provas contra ele. Neneco foi capturado no município de Juti (MS) em março de 2015, e levado para Assunção, onde está preso. Ele tentou evitar sua extradição apresentando uma certidão de nascimento em território brasileiro, mas o documento foi considerado falso. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal). “Todos os elementos presentados indicam a culpabilidade do réu. Nós do Ministério Público temos certeza que ele é o autor moral do crime”, afirmou a promotora Sandra Quiñónez. Flavio Acosta Riveros, sobrinho de Neneco e um dos supostos pistoleiros que executaram Pablo Medina, está preso no Brasil. A Justiça do Paraguai aguarda sua extradição para o país vizinho. Wilson Acosta Marques, irmão de Neneco e que teria sido o autor dos tiros, continua foragido. Repórter do ABC Color, principal jornal do Paraguai, Medina publicava denúncias ligando Neneco ao tráfico internacional de drogas. Na época do crime, o acusado era prefeito de Ypehjú. No mesmo ano, ele foi acusado de mandar matar um rival político local. O motorista de Neneco, Arnaldo Cabrera, já foi condenado a cinco anos de prisão por participação no duplo homicídio. Ricardo Paredes, advogado de Neneco, disse que seu cliente vai a julgamento apenas com base em uma história “inventada” pela promotora. ABC Collor