09/12/2016 08h43min - Política
8 anos atrás

Reinaldo Azambuja esfria discurso de reforma administrativa

Enquanto as contas não fecham o governo afirma que vai manter a estrutura

Gerson Oliveira ► Governador Reinaldo Azambuja

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A promessa da reforma administrativa em Mato Grosso do Sul, feita pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) desde que assumiu o cargo em 2015, perdeu força e pode não ser apresentada ainda neste ano. Com discurso mais brando em relação as mudanças na administração do Estado apenas a redução do número de secretárias é cogitada. Ao mesmo tempo, Azambuja garante que não definiu nada em relação a saída de secretários do primeiro escalão. “Não tenho isso [mudança do secretariado]. Com certeza se nós fizermos alguma diminuição de secretarias, poderemos ter alguma mudança ou remanejamento para alguma outra pasta. Mas nós ainda não temos nomes definidos. Ouvi algumas pessoas dizendo: ‘Fulano vai sair, sicrano vai entrar’. Isso não existe ainda. Nós não definimos”, disse o governador. Mesmo oficialmente ainda no papel, Azambuja garante que as mudanças já ocorrem na administração e que desta vez “não serão grandes”. “As grandes mudanças ocorreram em 2015 quando nos propusemos já a uma reforma do Estado de Mato Grosso do Sul com a diminuição enorme de 20% dos cargos em comissão, diminuição de secretarias, remanejamento de outras autarquias e fundações. Agora o que vem é a necessidade, o que a gente enxerga. E o planejamento mostra em 2017 e 2018 uma retração econômica do País. Então há necessidade. E impõe a todos, não é só o Mato Grosso do Sul, mas todos os estados, ajustem suas finanças públicas para não deixar de cumprir com as suas obrigações”. Na prática, os poucos cortes realizados ao longo do ano não impediram o déficit estadual de R$ 337,082 milhões - diferença entre receitas totais de R$ 9,454 bilhões e despesas totais de R$ 9,791 bilhões conforme relatório de execução orçamentária publicado no dia 30 de novembro no Diário Oficial do Estado. Os gastos com pessoal aumentaram 18,32%, chegando a R$ 5,6 bilhões de janeiro a outubro. No mesmo período - janeiro a outubro - entre 2015 e 2016, a receita recuou 6,89%, influenciando ainda mais o resultado negativo. A situação foi mostrada em reportagem publicada no Correio do Estado no dia 1° de dezembro. A arrecadação de impostos também recuaram 21,39%, caindo de R$ 5,929 bilhões para R$ 4,661 bilhões nos dez meses analisados. Enquanto as contas não fecham o governo afirma que vai manter a estrutura, mas com possibilidade de algumas mudanças. “Por enquanto não pretendemos fazer nenhum alteração de nenhum de nossos colaboradores”, afirmou. CorreiodoEstado