09/08/2018 08h37min - Região
6 anos atrás

Reinaldo diz que conclusão do Aquário do Pantanal depende da Justiça


Campo Grande News ► Reinaldo Azambuja em seu gabinete, na Governadoria: a espera do posicionamento do Poder Judiciário.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


O governador Reinaldo Azambuja reafirmou o compromisso do seu governo de concluir o Aquário do Pantanal, paralisado há cinco anos em Campo Grande, contudo disse que não colocará sua impressão digital em uma obra sob investigação sem o aval da Justiça. “Sempre disse que sou contra a construção desse aquário com dinheiro público, mas vamos retomar a obra quando tivermos segurança jurídica”, declarou. Ao falar nesta quarta-feira (08) sobre obras inacabadas na Capital, Reinaldo Azambuja esclareceu que a atual gestão do Estado não pode ser responsabilidade por uma edificação não concluída pelo governo anterior e que apresenta série de irregularidades, as quais motivaram investigações e ações do Ministério Público e da Controladoria-Geral da União. Ele também fez esclarecimentos sobre o Hospital do Trauma. “Se tem alguém com autoridade para dizer sobre obras inacabadas é o nosso governo”, disse o governador. “Das 215 obras paralisadas que herdamos do governo anterior, concluímos e entregamos 209 à população de Mato Grosso do Sul. As demais também serão concluídas, mas precisamos de segurança jurídica para colocar dinheiro público. Não queremos ser responsabilizados pelo que não fizeram e por irregularidades administrativas”, completou. Obra não prioritária Reinaldo Azambuja lembrou que foi contra a construção do aquário quando ainda era deputado federal, em 2014, salientando que não é uma obra pública prioritária, quando a população campo-grandense e do Estado clama por mais hospitais, mais escolas, creches e investimentos em infraestrutura. No entanto, entende que uma obra inacabada causa ainda maior prejuízo ao Estado e a conclusão do aquário é uma das metas do seu governo. “O governo anterior decidiu construir o aquário e deixou a obra pela metade e com sérios problemas de ordem legal, e não podemos ser irresponsáveis em retomar um projeto sob suspeição”, enfatizou. “Faltam R$ 38 milhões para a sua conclusão. Queremos terminar o Aquário do Pantanal para não termos mais uma obra inacabada no Estado. Mas só vamos colocar nossa impressão digital nessa obra com o aval da Justiça”, explicou. Iniciado em 2011, o Aquário do Pantanal, edificado no Parque das Nações Indígenas, foi paralisado em 2015. Incluída no Programa Obra Inacabada Zero, o projeto arquitetônico vem enfrentando uma série de entraves jurídicos que impedem sua retomada e conclusão. Em julho de 2015, o Ministério Público Federal recomendou ao Governo do Estado a imediata rescisão contratual do empreendimento apontando irregularidades licitatórias. Hospital do Trauma O governador Reinaldo Azambuja também falou sobre o Hospital do Trauma, em Campo Grande, que mesmo pronto e equipado, não iniciou atendimento ao público devido ao não repasse, até o momento, dos recursos financeiros acordados pelo Ministério da Saúde. No valor de R$ 6 milhões mensais o dinheiro para custeio foi garantido pelo ministério durante a inauguração da unidade, em março desse ano. “A decisão de abrir o hospital é da Santa Casa, uma entidade beneficente. Retomamos a obra paralisada há 21 anos, colocamos recursos públicos em parceria com o Governo Federal e a Prefeitura de Campo Grande. O hospital está pronto, foram investidos R$ 12 milhões em equipamentos. Nosso governo se comprometeu repassar R$ 2 milhões mensais e o dinheiro está garantido. A nossa parte foi cumprida, está compactuada com a Santa Casa”, disse ele. Para Reinaldo Azambuja é comum em período eleitoral assuntos como esses vir a tona. “Quando as inverdades e mentiras começam a circular na mídia e nas redes sociais, nossa responsabilidade perante a população é esclarecer a verdade”. Ainda sobre o Hospital do Trauma, esclareceu que pessoalmente tem se empenhado em garantir os recursos federais. “Tenho falado diuturnamente com o ministro (Gilberto Occhi)”, diz.