25/04/2018 11h14min - Polícia
7 anos atrás

São Paulo é principal destino do contrabando de cigarro que cruza MS


Campo Grande News ► Mato Grosso do Sul é rota para cigarro contrabandeado do Paraguai

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Na rota do contrabando, o cigarro que vem do Paraguai e entra em Mato Grosso do Sul tem como principal destino São Paulo. De acordo com a PF (Polícia Federal), na sequência, estão Minas Gerais, Goiás e Brasília. As principais rotas são as rodovias e estradas vicinais que ligam Ponta Porã, Mundo Novo, Porto Murtinho, Bela Vista e Coronel Sapucaia a Campo Grande e a São Paulo. Na saída, o contrabando circula por Bataguassu e Três Lagoas, caminhos para São Paulo. Na semana passada, reportagem do Campo Grande News mostrou que do motorista a “chefão”, o contrabando de cigarros paraguaios tem a marca da tradição. Os envolvidos se perpetuam na atividade ilegal e se habituam ao entra e sai da cadeia. No caso dos caminhoneiros, que atuam na linha de frente, transportando as cargas, fianças milionárias até são arbitradas, mas acabam deixando a cela sem pagar um centavo. Conforme a Polícia Federal, existe uma quantidade significativa de casos em que o motorista ou transportador de cigarros é preso por diversas vezes. No último dia 17, operação da PF de Sorocaba (SP) cumpriu mandados em Mato Grosso do Sul. O cálculo, a partir de preços considerados pela Receita Federal, é que o prejuízo paras as quadrilhas seja de R$ 13.725.960,00. O faturamento com a venda de mercadoria ilegal era de R$ 6 milhões por mês. Consultado pela reportagem, o criminalista José Belga Assis Trad explica que a pena para o contrabando vai de dois a cinco anos de reclusão. “Na realidade, não há uma lei branda. Inclusive, admite-se que o juiz estabeleça regime inicial fechado para cumprimento da pena em caso de condenação. E o Código de Processo Penal admite prisão preventiva para crimes que tenham pena acima de quatro anos, como é o caso do contrabando. O que pode haver é uma tolerância em relação a esse crime”, afirma o advogado. Segundo ele, o entendimento de que esse crime não é tão nocivo à sociedade, como o tráfico, por exemplo, pode influenciar as decisões que admitem a liberdade provisória. Campo Grande News