06/03/2017 13h39min - Geral
8 anos atrás

Usina de Bumlai em Dourados é ocupada por trabalhadores sem-terra

Grupo pede agilidade na reforma agrária e impede entrada de funcionários.

Diogo Nolasco ► Polícia Militar acompanha a ocupação na usina São Fernando

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A usina de álcool e açúcar São Fernando, localizada na MS-379, em Dourados, na região sul de Mato Grosso do Sul, foi ocupada na manhã desta segunda-feira (6) por um grupo de aproximadamente 300 pessoas que fazem parte do Movimento Sem Terra do Brasil (MSTB). A usina pertence ao empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, preso na operação Lava Jato. A assessoria de imprensa da consultoria responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa enviou nota ao G1: “a manifestação ocorre na área externa da usina São Fernando, trazendo dificuldades para troca de turnos, porém sem afetar as atividades da empresas, que mantém moagem média de 14 mil toneladas por dia". Uma mulher de 32 anos, que trabalha na empresa denunciou a invasão à polícia. Ela contou que cera de 150 pessoas com faixas e cartazes invadiram a recepção gritando palavras de ordem, escreveram frases nas vidraças, impediram a entrada de outros trabalhadores e retiraram a força um funcionário do local. O boletim de ocorrência foi registrado como esbulho possessório. O coordenador do MSTB, Vanildo Elias de Oliveira, afirma que a ocupação faz parte de um movimento realizado em 11 estados do país. O grupo pede a presença de um representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no local, para discutir a reforma agrária no estado. A Polícia Militar acompanha a movimentação. Usina à venda A família de Bumlai vai propor em uma assembleia geral dos credores da usina São Fernando, em Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande, a venda da empresa por meio possivelmente de um leilão judicial. A indústria está em processo de recuperação judicial desde 2013 e tem uma dívida nominal de R$ 1,320 bilhão, sendo 99% com bancos e fornecedores. G1