Advogado foi assassinado espancado porque observava briga do vizinho

O advogado e estudante de pós-graduação Gilmar de Assis, 68 anos, foi espancado até a morte pelo vizinho Fernando Nogueira Thomé, 26 anos, depois de sair na sacada do condomínio onde moravam para verificar briga que acontecia entre Fernando e um amigo. Fernando, que havia ingerido vodka e consumido entorpecentes, teria ficado enfurecido ao ver que estava sendo observado e atacado o morador. O crime ocorreu na manhã de ontem (6), no Condomínio Augusto Coelho, na Rua Ponto Verde, na Vila Maciel, em Campo Grande. As informações são do delegado plantonista da unidade policial da Vila Piratininga, Camilo Kettenhuber. O autor do crime foi preso ainda no local. Ele contou à polícia que havia bebido vodka, junto com um amigo, e usado três vezes maconha e pasta base de cocaína e não se lembrava de ter cometido o crime. “Disse que chegou do trabalho com uma garrafa de vodka, chamou esse amigo para beber e consumiram a bebida no térreo do condomínio, onde, juntos, também usaram maconha. Fernando disse que subiu duas vezes para usar pasta base, desceu novamente e não se lembrava de mais nada”, disse a autoridade policial. O amigo dele, identificado como Willy Andrade, também de 26 anos, contou versão diferente às prestadas por testemunhas. "Willy quis defender o amigo. Ele disse que subiu quando ouviu barulhos de pancadas e encontrou o amigo saindo de um dos imóveis e chutando a cabeça de Gilmar”, informou o delegado. No entanto, em depoimento, uma testemunha que assistiu ao crime contou que ela e Gilmar haviam saído na sacada do condomínio depois de ouvirem barulho de briga e viram Fernando atacando Willy, que gritava por socorro. Instantes depois a testemunha voltou para sua casa, enquanto que Gilmar continuou observando. Ao notar que era vigiado, Fernando subiu enfurecido e atacou o vizinho. A testemunha disse ter visto a vítima sendo golpeada com chutes na cabeça e arremessada várias vezes contra paredes. Revelou também que tentou interferir na situação, mas foi ameaçada de morte e chamou policiais militares, que chegaram e encontraram Gilmar já morto. Fernando foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e resistência à prisão, já que reagiu ao ser detido. Willy também enfrentou policiais militares e por isso responderá por resistência. Ele prestou depoimento e foi liberado. Fernando que foi preso em flagrante teve a prisão preventiva solicitada ao Poder Judiciário. CorreiodoEstado