divulgação ► o Projeto visa saber com está a saúde nos presidios
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News
Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promoveram esta semana, na Escola Penitenciária, um treinamento sobre tuberculose e HIV nos estabelecimentos prisionais de Mato Grosso do Sul.
Durante o evento, foi realizada uma qualificação para a realização de teste rápido HIV em reeducandos. A capacitação foi desenvolvida através os do Programa de Tuberculose e Hanseníase e do Programa de DST/Aids da SES.
Participaram do treinamento assistentes sociais e psicólogas da agência penitenciária, que atuam diretamente na área de saúde, e profissionais da SES e de secretarias municipais de saúde, que trabalham nos estabelecimentos penais do Estado. No total, cerca de 50 pessoas foram qualificadas, envolvendo todos os 16 municípios onde a Agepen possui unidades prisionais.
A chefe da Divisão de Saúde da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, informou que a capacitação teve como objetivo fazer com que esses testes se tornem rotina em presídios de Mato Grosso do Sul a partir do ano que vem.
Lourdes explicou que, conforme prevê a política nacional, esses testes terão como foco internos com diagnóstico ou suspeita de tuberculose. “Todo interno com tuberculose tem que ser testado também o HIV, porém esses testes normais costumam demorar e isso acaba atrapalhando uma ação mais imediata. Agora com a realização desses testes rápidos poderemos agir imediatamente”, destacou.
De acordo com o gerente técnico do Programa de Controle de Tuberculose e Hanseníase da SES, Luís Carlos de Oliveira Júnior, os servidores foram qualificados por meio de aulas teóricas e práticas, que envolveram desde como abordar o interno ao realizar o teste e informar o resultado, a como fazer a coleta, manuseio do material, identificação e preservação.
Para a enfermeira padrão Renata Terumi Yassuda, que atua junto a reeducandos da Penitenciária de Segurança Máxima e do Instituto Penal de Campo Grande, o treinamento para a aplicação do teste rápido irá somar às ações já desenvolvidas. “Acreditamos também que com o diagnóstico mais rápido, conseguiremos reduzir os risos de transmissão da doença”, disse.
A assistente social Ana Alves Gomes, do Estabelecimento Penal Masculino de Coxim, foi uma das participantes do treinamento e classificou a iniciativa, envolvendo as equipes multidisciplinares, como fundamental para o aperfeiçoamento da assistência à saúde prestada à população carcerária. “Outro ponto importante é que nesse momento de interação trocamos experiências, conhecemos ações que são realizadas em outras unidades no dia a dia”, destacou.
Dados da Divisão de Saúde da Agepen apontam que no ano passado foram identificados 72 casos de tuberculose e 59 de HIV entre a população carcerária de MS.