Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), diante da pandemia do coronavírus e seus efeitos na economia do Estado, não descarta o corte no décimo terceiro dos servidores caso seja preciso aumentar a receita de Mato Grosso do Sul, assim como fez o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).
“Todos os governos estão tomando medidas; muitas em apoio à famílias de vulnerabilidade, anunciamos compra de cestas básicas. Nada é descartado neste momento”, disse Azambuja em entrevista ao canal SBTMS.
Ele explicou que a decisão depende dos projetos da Câmara e Senado Federal. “[...] tem um projeto de ressarcir os governos. Está tendo uma queda de braço e isso é um problema. Ou nós temos que fazer corte para pagar as contas ou aumentamos a receita e a receita não vai aumentar porque está tudo paralisado. [...] Com certeza teremos que fazer alguns cortes, estamos analisando e vamos verificar como será feito”, disse.
Um pacote estimado em R$ 80 bilhões foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira (13.4), mas ainda depende da aprovação do Senado e da sanção do presidente Jair Bolsonaro.
“Essa queda de braço está tendo de alguma cotovelada na política de governador com o presidente; agora não é hora de política. É o momento de olhar a situação de agora, investigar na saúde e preservar as vidas”, opinou.
Azambuja também reiterou que as unidades federativas precisam da ajuda da União nesse momento de pandemia. “[Todos os estados] estão com a queda drástica da receita e uma ampliação de gastos. São crescentes, estamos comprando leitos, respiradores. Um respirador está custando 150 mil. Tudo é gasto, estamos auxiliando os municípios, 20 milhões depositados a partir de hoje até sexta-feira [para as cidades]”, contou.
SALÁRIO
Sobre o próximo salário dos servidores, o governador disse que ainda não tem previsão de data para o pagamento e que acompanha as medidas votadas na Câmara e Senado. “Se não tiver ação do congresso, fica muito difícil, estamos fazendo os cortes necessários, muito mais com foco na saúde do que na economia, a economia você recupera, uma vida não recupera”, disse.
“O senado precisa votar, a equipe econômica precisa entender que nesse momento ninguém esperava, ninguém esperava a queda na arrecadação no Brasil e no mundo inteiro. Queda de 5% na economia do Brasil inteiro. Momento de muita responsabilidade, na tomada de decisões, e sempre pensando na vida das pessoas”, finalizou ele.
LEITOS
Reinaldo Azambuja disse também que os 130 leitos de apoio que estão sendo montados no estacionamento do Hospital Regional, em Campo Grande, para atender pacientes da Covid-19, devem ser entregues ainda nesta semana, até sexta-feira. Ele fez hoje uma visita técnica ao local e também ao Drive-Thru de diagnóstico do novo coronavírus. (Com informações Jornal Correio do Estado).
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