Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
PSDB confirmou na noite desta quinta-feira (25), em convenção partidária, o nome do deputado Federal, Beto Pereira (PSDB), como candidato a prefeito de Campo Grande nas eleições municipais de 2024. A convenção também lançou a chapa completa com 30 vereadores.
Segundo Beto, o PSDB conseguiu aglutinar um número substancial de partidos e por isso também um número grande de candidatos. “Eu não tenho dúvida alguma que é uma missão muito responsável, que tem que ter muito entusiasmo, força e garantia de que nós ingressaremos num projeto sólido”.
Umas nas análises do agora candidato tucano, é que existe uma diferença entre o desenvolvimento do interior e de Campo Grande, que teria como motivação a incapacidade da atual administração de gerir bem a cidade.
“Nós entendemos o potencial da nossa cidade, o quanto essa cidade carece de uma retomada e nós queremos encampar todo esse sentimento para levar Campo Grande a um momento novo, que vive já o estado de Mato Grosso do Sul. Não podemos ter um estado próspero, cheio de realizações e uma capital capenga e que perde a corrida para o interior”.
Sobre o nome do candidato a vice, Beto foi evasivo, não citou nem o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmado até por Reinaldo Azambuja (PSDB), ex-governador e presidente estadual do PSDB, como partido que indicará o vice vice. “O vice vai ser indicado por um dos partidos aliados, nós temos ainda quatro partidos aliados que vão fazer convenção”.
A informação da indicação do PL foi confirmada Azabuja diretamente a reportagem do Campo Grande News por telefone. “Hoje é só convenção do PSDB e Cidadania (que estão federados). Quem vai escolher vice do Beto é PL, e isso deve ser lá pelo dia 30”.
Na verdade ficou confirmado na convenção do PSDB, nesta noite, que a convenção do PL será no dia 31 de julho.
Para tentar não repetir lógica das últimas eleições da Capital, onde o governador não conseguiu eleger o candidato que apoiava, o ex-governador Azambuja, que passou por isso quando tentou eleger Rose Modesto (União) em 2016 e não conseguiu, disse que o partido deposita, desta vez, confiança também nas alianças.
“Eu acredito muitas nas alianças que construímos. Claro que o apoio do governador Riedel é importante, porque faz um grande trabalho, é bem avaliado, mas não é só isso”.
Azambuja ainda acha que a discussão nessas eleições vai girar em torno da capacidade de gestão do candidato. “O mais importante é enfrentar os desafios que Campo Grande tem, porque que falta medicamento no postinho, falta vaga na creche. O eleitor quer olhar um gestor, alguém que enfrenta”.
O PSDB conseguiu construir, até o momento, a maior aliança das eleições municipais em Campo Grande. Estão coligados com os tucanos, o Cidadania, que é federado, o PSB, PSD, Podemos, Republicanos, MDB, Solidariedade e PL, que vai indicar o vice na chapa.
Azambuja também falou sobre a costura política nos municípios do interior. Segundo ele serão 63 candidatos próprios. A ideia do PSDB é aumentar o já significativo número de prefeitos no Estado, que atualmente é de 52.
“Nossa ideia é superar ou pelo menos igualar o número de prefeitos nessas eleições. Tem muitos lugares também que estamos apoiando e com reais chances de ganhar”.
Outro ex-governador presente na convenção foi André Puccinell (MDB), representando o apoio do MDB a Beto. André repetiu algumas palavras já ditas no lançamento da pré-candidatura, como o que queria ser um "conselheiro de Beto".
"Ajudei a construir Campo Grande e agora vou ajudar a reconstruir. Quero dizer a todos os correligionários do MDB, todos os amigos do André, que o André está com o Beto para a Prefeitura de Campo Grande"
O governador Eduardo Riedel (PSDB) cumpre agenda no interior do Estado, por isso não esteve presente na convenção, mas enviou vídeo. “Minha solidariedade e apoio incondicional. Vamos estar juntos nessa caminhada. Eu digo que essa eleição não tem adversário, os adversários são os problemas de Campo Grande”.
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