Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Em meio à corrida armamentista em Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos (sem partido), mas da ala bolsonarista, fez indicação ao governo do Estado para isenção tributária na compra de armas e munições. A sugestão é que o benefício seja concedido a agente da Segurança Pública, produtores rurais e atiradores esportivos.
Ex-comandante da PM (Polícia Militar), o coronel David justificou que a carga tributária desses “produtos” chega a quase 70% e que a definição do público a ser beneficiado é o que comumente precisa de armas, em diferentes situações.
“Muitos servidores da Segurança Pública não possuem arma e têm dificuldade para comprar. Mas ele não é policial só no tempo de serviço e, infelizmente, grande parte dos policiais que morrem está de folga. Os produtores que ficam longe dos grandes centros enfrentam problemas de criminalidade e precisam se defender. A gente pensa também nos CACs, para estimular a atividade esportiva, uma oportunidade para quem pratica e não tem condições”, afirma o deputado. CAC é sigla de caçadores, atiradores e colecionadores.
O pedido é para que o benefício contemple agentes de segurança estadual, policiais federais, policiais rodoviários federais, militares das Forças Armadas, servidores da Receita Estadual vinculados às atividades de fiscalização, fazendeiros e praticantes de tiro esportivo.
O caminho foi uma indicação porque deputado não pode propor projeto que traga despesa ou renúncia fiscal ao Poder Executivo. “O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Côrrea (PSDB), está comigo nessa solicitação. Vamos para um diálogo com o governador do Estado, mostrando a ele a importância dessa questão”.
Em Mato Grosso do Sul, foram 1.226 armas registradas até junho, três vezes mais do que foram registradas no mesmo período em 2019. A preferida é a pistola semiautomática, que custa cerca de R$ 4 mil.
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