24/04/2017 08h20min - Geral
8 anos atrás

BR-163 deve ser fechada em protesto contra demissões e paralisação de obras


Divulgação ► A paralisação das obras deve resultar em 2.180 demissões.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A rodovia BR-163 deve ser bloqueada na manhã desta segunda-feira (24), no pedágio em Jaraguari, próximo a Campo Grande, em protesto organizado pelos trabalhadores demitidos depois da suspensão de obras de duplicação pela CCR MSVia. A paralisação das obras deve resultar em 2.180 demissões. Algumas, inclusive, já iniciaram. A mobilização está marcada para começar às 8h, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de Mato Grosso do Sul, Walter Vieira dos Santos. Eles ainda estão definindo quanto tempo a pista pode ficar bloqueada. Há possibilidade de liberar a passagem de veículos a cada 15 minutos. O grupo pretende fazer panfletagem para alertar sobre os motivos do protesto. “O foco principal é o ato de repúdio pela paralisação das obras, a dispensa coletiva dos trabalhadores e repudiar também a manutenção da cobrança de pedágio mesmo com a suspensão da duplicação”, afirmou o presidente do sindicato. Outros municípios também cogitam manifestações semelhantes nos próximos dias. No dia 12 de abril, a CCR MSVia anunciou oficialmente a suspensão das obras e cogitou encerrar o contrato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), caso a revisão contratual proposta não seja aceita. A agência reguladora informou apenas que estava analisando e ainda não tinha o parecer. A empresa assumiu a responsabilidade pela rodovia em 2015. Previa-se que em cinco anos, ou seja, até 2020, a duplicação alcançasse 806 km. A BR-163 tem 845,2 quilômetros dentro do Estado. Para as obras, seriam investidos R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 3 bilhões em financiamentos com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com a Caixa Econômica Federal. Com a crise, os juros dos valores financiados subiram e os investimentos foram reduzidos. Ainda, a redução no fluxo de veículos impactou nos valores arrecadados. CorreiodoEstado