Reprodução ► Momento que que o agente penitenciário era abordado pelos autores da tentativa de homicídio em Naviraí
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Redação
Câmeras do circuito de segurança de estabelecimento comercial localizado na Avenida Ponta Porã, na cidade de Naviraí, registraram o momento em que o agente penitenciário, de 36 anos, foi atingido por cinco tiros hoje de manhã, quando seguia de moto para o trabalho.
Imagens mostram quando o servidor público é alcançado por quatro pistoleiros que ocupam duas motocicletas. Depois de ser atingido pelos disparos, o agente penitenciário caiu da moto que conduzia. Ele foi socorrido e está internado em estado grave em hospital de Dourados.
O delegado responsável pela investigação, Edson Ubeda, ainda não se manifestou sobre a motivação para o crime. No entanto, para o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap) o agente foi alvo de ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália a desentendimento com a facção Comando Vermelho que acabou em rebelião no dia 4 deste mês. Na ocasião, dois presos foram assassinados e oito feridos.
Para o presidente do Sinsap, André Santiago, a tentativa de assassinato aconteceu em cumprimento à promessa. “Desde a rebelião havia promessas de mortes na cidade. Temos informações de que existe um áudio em que presos do PCC e comparsas do lado de fora, até de outros estados, se organizam para matar”, comentou. No alvo para morrer estariam principalmente homens que trabalham no presídio de Naviraí.
Ainda de acordo com André, novas cobranças para melhorar o sistema carcerário serão feitas ao Governo do Estado e não está descartada paralisação da classe de trabalhadores.
OUTRO ATAQUE
Uma semana depois da rebelião que acabou na morte de dois detentos, bomba caseira, do tipo coquetel molotov foi jogada no prédio da Justiça do Trabalho de Naviraí. Bilhete amarrado em tijolo pedia a transferência do diretor do presídio do município.
O artifício explodiu em uma das portas no fundo do prédio e não causou grandes estragos. Além disso, três ônibus da prefeitura da cidade foram queimados.
Depois da rebelião, 80 presidiários foram transferidos para unidades prisionais de Dourados e de Campo Grande.