Campo Grande News ► Presidente de comissão do TRE afirma ser "impossível" fraudar urnas após equipamentos serem lacrados
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Uma das principais reivindicações sobre quem coloca dúvida sobre a validade da urna eletrônica, o voto impresso já “existe”, embora não da forma como muitos imaginam –nem emitindo um comprovante a ser levado pelo votante, o que por si só seria ilegal, ou por meio da impressão da conferência em uma urna lacrada.
Desconectada da internet e com apenas um sistema para inserção de informações e coleta de votos, a urna emite, ao final da eleição, um boletim que é fixado em todos os locais de votação apontando quantos votos os candidatos tiveram naquele equipamento.
A explicação partiu do presidente da Comissão de Segurança do TRE (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), Sérgio Roberto da Silva, ao afirmar, categoricamente, que é “impossível” fraudar o sistema a partir do momento que as urnas eletrônicas foram lacradas.
O processo de gravação e lacração das urnas já foi realizado nas zonas eleitorais competentes. Nele, as informações locais do processo eletivo –com a relação de candidatos a deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente da República, incluindo nome, número, coligação e foto– são registradas e, na sequência, é instalado um lacre no local onde está o pen-drive que reunirá os dados.
Se houver rompimento nessa proteção, ela poderá ser constatada por fiscais antes, durante ou ao final da votação, que podem contestar o uso do equipamento. Depois de entregue pela Justiça Eleitoral –o que começa a ocorrer nesta semana–, a urna está sob responsabilidade do presidente da seção eleitoral.
“Depois de ligada, a urna está na tomada, não tem acesso nenhum à internet. É impossível alterar as informações para beneficiar ou prejudicar algum candidato”, destacou Sérgio.
Ao final do processo, é emitido o boletim de urna, com o resultado contabilizado na votação. Cópias do documento são assinadas pelos fiscais, sendo que uma delas é fixada no local de votação.
“A permanência da relação (fixada na parede) depende do local. O TRE não voltará à seção eleitoral depois. Mas o cartório eleitoral daquela região guardará uma cópia, que pode ser solicitada”, explicou o presidente da comissão.
Já os dados da urna constam no pen-drive que, depois de retirado, é colocado em um envelope e levado para o local de transmissão dos dados –existentes em cada zona eleitoral. “Campo Grande terá 249 locais de votação e conta com 22 pontos de transmissão, de onde os dados são enviados para o TRE que realiza apenas a totalização dos votos”, explicou.
Fiscalização – Mesmo com garantias sobre a segurança da votação, o tribunal também realizará uma simulação no 7 de outubro, usando urnas já distribuídas. Três delas serão retiradas dos atuais mesários e substituídas em uma operação que envolverá, inclusive, helicóptero da Polícia Militar.
A operação para a “votação paralela” terá início no sábado (6), véspera do pleito. “Serão sorteadas três urnas, duas no interior e uma na Capital. Iremos à casa do presidente da Mesa Eleitoral e substituiremos a urna. A que for trazida será usada em uma simulação de eleição no domingo (7), no Fórum Eleitoral de Campo Grande”, explicou Sérgio.
Nesse processo, votos impressos seguindo a ordem de inserção nas urnas serão registrados em cédulas impressas e inseridos na urna eletrônica –sendo ditados perante uma câmera que filmará todo o procedimento– de forma aleatória, das 8h às 18h. “Todo o processo será filmado sem cortes para comprovar que votação impressa não é diferente da eletrônica”.