Com MS em alerta, Saúde reforça estratégia de combate à dengue e chikungunya

A SES (Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul) realiza nesta quinta-feira (23) a capacitação de equipes de saúde dos 79 municípios para o combate contra doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. 

O evento ocorre na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, e conta com participação da equipe do Ministério da Saúde e do infectologista André Siqueira, responsável técnico da vigilância epidemiológica.

A palestra discutiu ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial a dengue e a chikungunya, em Mato Grosso do Sul. O evento é aberto a agentes de saúde, técnicos e estudantes. De acordo com a secretária-adjunta da SES, Christinne Maymone, o Estado está em nível endêmico e a transmissão da dengue preocupa o ano inteiro.

A secretária-adjunta também chama atenção para os casos de zika e chikungunya, registrados em nove municípios do Estado.

 “Estamos trabalhando de forma tripartite com o Ministério da Saúde, municípios e Paraguai para prevenção dos casos de chikungunya”.

Maymone observa que a ciência tem avançado, mas o Estado está atrasado em relação aos impactos gerados ao meio ambiente.

 Ela frisa que é necessário resgatar a consciência ambiental e que os cuidados com o meio ambiente começam dentro de casa.

 “Precisamos resgatar o cuidado para que realmente consigamos minimizar os impactos em relação ao meio ambiente”.

Agenda 

O Ministério da Saúde realiza visita técnica em Mato Grosso do Sul desde segunda-feira (20) e segue no Estado até sexta-feira (24).

 Em Ponta Porã, as equipes da SES e do Ministério da Saúde realizaram ações no município para discutir medidas resolutivas para conter os avanços de casos de chikungunya e da dengue que ocorrem na região de fronteira.

Casos no Estado 

Conforme dados do Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul foi o segundo estado que mais apresentou aumento de incidência da dengue em todo o Brasil, com 432,5 casos por 100 mil habitantes.

O Estado também está entre os dez que mais registraram casos prováveis de chikungunya no início deste ano. 

Durante os três primeiros meses de 2023, foram notificados mais casos do que durante todo o ano de 2022. 

Dados da SES indicam que os municípios de Maracaju, Brasilândia, Cassilândia, Rio Negro e Ponta Porã são os que mais registram incidência de casos prováveis.

Método Wolbachia 

Campo Grande está na sétima fase do método, que está em fase de avaliação. As informações devem ser divulgadas pela SES nas próximas semanas. 

O método está em desenvolvimento apenas na Capital, sem previsão de quando será levado aos demais municípios de Mato Grosso do Sul.

A Biofábrica, instalada no Lacen/MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul) já liberou cerca de 32 milhões de wolbitos em 33 bairros de Campo Grande com o apoio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). 

Os mosquitos Wolbitos são munidos de microrganismo, uma bactéria chamada Wolbachia, que impede o desenvolvimento de vírus que geram dengue, zika e chikungunya. 

 CAMPO GRANDE NEWS