Divulgação ► Aumento no imposto do combustível atinge frota de caminhões que transportam alimentos.
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Aplicado goela abaixo do setor produtivo como remédio amargo para estancar a sangria das contas públicas federais, o aumento da carga tributária incidente sobre os combustíveis deve trazer, a médio prazo, espiral de alta de preços para quem está no fim da cadeia produtiva.
O alerta é de economistas e representantes de associações do varejo ouvidos pelo Correio do Estado.
Das bombas dos postos ao custo dos fretes no transporte rodoviário, os reflexos sobre o comércio de bens, serviços e mercadorias só devem ser sentidos mais claramente pela população nos próximos 60 dias.
Para quem mal recebeu o baque de aumento de impostos dado pelo Executivo federal, é bom preparar o bolso para as próximas majorações que virão: a partir de 1º de agosto, haverá aumento da pauta fiscal dos combustíveis no Estado (definida pelo governo estadual, com base em valores de referência pesquisados no varejo), com impacto de até 9,89% sobre o preço médio a ser cobrado no varejo pelos produtos.
Já nas contas de energia elétrica do próximo mês, a novidade é a cobrança de R$ 3,00 para cada 100 quilowatts-hora consumidos de energia elétrica, por conta da bandeira tarifária vermelha, a terceira neste ano.
Um exemplo simples do impacto da tributação dos combustíveis sobre a cadeia econômica é o óleo de soja. Entre a lavoura até a indústria e depois a distribuição do produto, transportado por meio rodoviário, vão ocorrendo sobreposições de impacto, até que este chegue ao consumidor.
“Esse impacto vai ser maior ou menor, dependendo da linha do produto. Mesmo quem não tem carro paga a conta. Há um reflexo em cadeia de cada ciclo produtivo. Mas será de 4% ou 5% (projeção divulgada pelo segmento de transporte para o frete)”, enfatizou o economista Fernando Abrahão.
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