CGNEWS ► Marcelo Vargas negou as acusações feitas por Clayton
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News
Dono de centenas de máquinas caça-níqueis, Clayton Batista afirmou, em conversa gravada pela polícia com uma câmera escondida, que o presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul), Marcelo Vargas, participaria do esquema criminoso.
A informação foi divulgada na noite de ontem (30), pelo Fantástico, da Rede Globo.
De acordo com a declaração de Batista, Marcelo Vargas seria o responsável por “segurar as broncas” do grupo criminoso em Mato Grosso do Sul.
Clayton Batista disse ainda que teria 90 caça-níqueis somente no Estado. Ele foi preso após tentar comprar a polícia para montar uma rede de caça-níqueis no interior de São Paulo.
O delegado Nelson Barbosa Filho, de Araçatuba (SP), fingiu que estava dentro do esquema, para gravar tudo por meio de câmeras e efetuar a prisão. Batista pode ser condenado a 12 anos de prisão.
“Ele tinha a certeza que a autoridade policial fazia parte da quadrilha dele. Ele passou a confiar na autoridade policial e, a partir daí, ele começou a passar informações. Foram identificados vários locais onde ele mantinha as suas máquinas, inclusive foi possível identificar quem eram os fornecedores desses equipamentos”, explicou ao Fantástico o promotor de Justiça Marcelo Sorrentino Neira.
Foram quatro meses de investigação, nove encontros, seis pagamentos de propina: tudo registrado por três câmeras instaladas em um dos setores de inteligência da Polícia Civil de São Paulo.
O esquema, segundo o criminoso, começou há 15 anos, e todas as máquinas eram compradas na capital paulista, por R$ 4 mil, cada.
Ainda de acordo com a reportagem, Clayton queria pagar propina para a polícia também para atrapalhar os negócios de concorrentes. Um deles, diz a matéria, seria o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Araçatuba, Cido Saraiva.
Outro lado
Marcelo Vargas disse ao Fantástico que não conhece Clayton, nunca falou com ele, não recebeu dinheiro do acusado e que está à disposição da Justiça. O Campo Grande News tentou falar com ele, mas o delegado não foi localizado. Na Adepol-MS, a informação é que o delegado não está.