09/04/2015 13h45min - Geral
10 anos atrás

Desobrigado a falar verdade, Vaccari nega propina ao PT

nega propina ao PT

Agencia Brasil ► João Vaccari Neto afirmou que todas as doações ao PT foram legais

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Com um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que o desobriga a falar a verdade na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que todas as doações ao seu partido foram legais. Vaccari admitiu conhecer delatores da Operação Lava Jato, como Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, mas disse que os termos das delações premiadas não são verdadeiros. “Todas as nossas contribuições que recebemos de pessoas jurídicas e pessoas físicas são contabilizadas e declaradas ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e todas são feitas por transações bancárias. Então não são verdadeiras essas declarações do senhor Pedro Barusco”, disse, a respeito de uma estimativa do ex-gerente da Petrobras. Em delação premiada, ele estimou que Vaccari teria recebido entre US$ 150 milhões a US$ 200 milhões em nome do PT. Ontem, Vaccari obteve uma decisão do ministro Teori Zavascki, do STF , para que fosse ouvido como investigado, e não como testemunha. Dessa forma, ele não precisou assinar termo de compromisso de falar somente a verdade na comissão, sem poder receber voz de prisão ou se incriminar em caso de mentir. Vaccari disse que conheceu Barusco depois de ele se aposentar da Petrobras e não tratou sobre nenhum assunto envolvendo as finanças do PT. O mesmo disse de outros nomes, como do doleiro Alberto Youssef e dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Ele reconheceu ter participado de reuniões com empreiteiras, mas para captações legais ao partido. O tesoureiro também negou o recebimento de R$ 400 mil na porta da sede do PT em São Paulo, como afirmou Youssef. Ele disse ter conhecido ocasionalmente o doleiro, mas admitiu ter visitado uma empresa dele para encontrá-lo. “Eu o conheci casualmente há muitos anos atrás, não tenho relacionamento com ele e nunca tratei com ele assuntos referentes ao PT”, disse. “Eu estive uma única vez na empresa na qual ele me convidou, eu fui, ele não estava e eu fui embora”, acrescentou, em resposta a outra pergunta. terra