divulgação ► O sistema foi apresentado esta semana na capital
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
O comandante do Exército Brasileiro, general Enzo Peri, ativou nesta quinta-feira em Dourados, a primeira etapa do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), orçado em R$ 12 bilhões e que só estará completamente pronto em 2021.
O comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Juniti Saito e outros oficiais das forças armadas e do Comando Militar do Oeste também acompanharam a cerimônia, realizada na Brigada Guaicurus, quartel do Exército em Dourados.
Durante a apresentação, oficiais do Exército pediram a colaboração dos países vizinhos Paraguai e Bolívia e defenderam um trabalho conjunto com os órgãos de segurança pública para que o do sistema de monitoramento tenha maior eficácia.
“O Sisfron vai melhorar o trabalho que o Exército já fazia na faixa de fronteira. Agora os demais órgãos de segurança precisam também se estruturar melhor para trabalharmos juntos com resultados mais satisfatórios”, afirmou Enzo Peri.
Mesmo com tantos investimentos e com o sistema moderno de monitoramento, o Exército deixou claro que sem integração com os vizinhos, principalmente com o Paraguai, será difícil cumprir a principal missão do Sisfron, que é barrar a entrada de drogas e armas pela fronteira seca.
Uma série de três reportagens da TV Bandeirantes escancarando o livre comércio de armas existente em Pedro Juan Caballero foi apresentada às autoridades e jornalistas.
O militar que fazia a apresentação fez questão de reforçar a necessidade de integração com autoridades paraguaias para combater a venda livre de armas naquele país.
Veículos de combate com modernos equipamentos de comunicação, helicópteros e sistemas de transmissão de dados foram apresentados pelo Exército.
O Sisfron vai permitir inclusive que imagens e sons captados por equipamentos instalados na roupa dos soldados durante uma abordagem sejam transmitidos em tempo real, como se fosse uma teleconferência.
Medida anunciada pelo Exército para assegurar bons resultados será a redução do número de recrutas na faixa de fronteira, priorizando os militares engajados, chamados de profissionais.
Do efetivo de 15 mil homens e mulheres do CMO, 4.500 são recrutas que todos os anos recebem baixa e são trocados por outros novatos.
Sensores ligados
O chefe de operações do Comando Militar do Oeste, general Elias Rodrigues Martins Filho, informou que os sensores já estão ligados, assim como os demais equipamentos de monitoramento. A primeira fase inclui a faixa de fronteira entre Mundo Novo e Bela Vista.
Equipes do Exército, dotadas de todos os equipamentos disponibilizados pelo Sisfron, já estão espalhadas por esse trecho de fronteira com o Paraguai para fazer o monitoramento e vigilância.
Os principais centros de comando vão funcionar em Dourados e Campo Grande. Na capital fica também o batalhão de guerra eletrônica.
“Estamos ativando esse projeto-piloto até para identificar e resolver possíveis problemas técnicos para depois iniciar a ampliação para demais trechos da fronteira”, informou o general Elias. O projeto total do Sisfron prevê a implantação do sistema em todos os 16 mil km da fronteira brasileira.