midiamax ► Caminhão usado para levar a droga pode ter sido furtado de dentro do quartel
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, informou que a investigação acerca dos três cabos do Exército, lotados no 20º RCB (Regimento de Cavalaria Blindado), presos com carregamento de maconha, no domingo (28) de madrugada, em Campinas (SP), pode atingir outros militares.
“Há esta hipótese”, limitou-se em dizer a assessoria do CMO, que ainda nesta segunda-feira (29), promete emitir uma nota do assunto.
Os três cabos saíram de dentro do quartel, situado na Avenida Euler de Azevedo, em Campo Grande, a bordo de um caminhão do 20º RCB e foram pegoss por policiais paulistas, em trecho da SP-101, estrada que liga Campinas a cidade de Monte Mor.
A droga, em torno de 3 toneladas de maconha, estava camuflada na carroceria do veículo militar. Antes da abordagem, os cabos trocaram tiros com a polícia, mas logo foram dominados e detidos.
Eles confidenciaram que a droga havia saído de Campo Grande e seria entregue a um grupo que os esperariam no pátio do estacionamento de uma empresa desativada, lá em Campinas.
A assessoria do CMO informou que há três frentes de investigação contra os cabos: o inquérito policial militar e um processo administrativo, conduzidos pelo Exército e ainda o inquérito tocado pela polícia paulista.
Até agora, a polícia de São Paulo não informou se o carregamento da droga foi feito dentro do quartel do 20º RCB. Por meio de nota, a Polícia Civil de Campinas informou apenas que dois dos três cabos detidos confessaram que a carga de maconha saiu de Campo Grande.
Questionada se o Exército estaria promovendo desde ontem, domingo (28), inspeções dentro do quartel do Regimento de Cavalaria, em Campo Grande, local de trabalho dos três cabos detidos, a assessoria do CMO negou a informação.
Contudo, o órgão militar sustentou que o inquérito para apurar a participação dos militares do tráfico de maconha, foi instaurado de imediato e que investiga a suposta participação de outros militares no episódio.
Pelo apurado até agora, oficialmente, o caminhão do 20 RCB estaria estragado, estacionado para conserto, na mecânica do próprio quartel.
Quando o veículo fora apreendido, em Campinas, os militares mostraram documentação de outro caminhão militar. Outra linha de investigação do CMO é que o caminhão pode ter sido furtado do quartel, segundo a assessoria militar.
O CASO
Os cabos Simão Raul, Maykon Coutinho Coelho e Higor Abdala Costa Attene, foram detidos por volta da 1h da madrugada de domingo, por policiais civis de Campinas.
Comunicado emitido pela Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), e a 5ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes e a Polícia Civil, de Campinas, informou que investigava há pelo menos três meses eventual envio de carregamento de droga que chegaria à cidade de Campinas.
No sábado à noite, os investigadores do caso fizeram campana perto de uma empresa desativada. Havia no local movimentação de veículos. Assim que perceberam os policiais, os militares tentaram sair do local conduzindo o caminhão do 20º RCB.
A prisão ocorreu na rodovia SP-101. Os cabos seguiam pela estrada na contramão e trocaram tiros com a polícia, segundo a nota divulgada pela Denar.
Os cabos Maycon e Higor Abdala foram detidos fardados, dentro do caminhão. Já o cabo Simão Raul, baleado, escapou e foi detido logo pela manhã de domingo, em Limeira, cidade 50 quilômetros distante de Campinas.
Ele que também vestia farda do Exército foi medicado e preso depois. Os três militares permanecem detidos em Campinas.
Ainda segundo o Denar, a polícia prendeu dois civis que, em carros separados tentaram escapar do cerco policial, perto do estacionamento da empresa desativada, em Campinas.
A polícia paulista acredita mais duas pessoas ligadas aos civis estejam foragidas.
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