arquivo ► Giroto deixou o Governo esta semana
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
O deputado federal Edson Giroto (PR) pediu exoneração do governo de André Puccinelli (PMDB) e parece ter saído bastante chateado como o amigo.
A saída, antes do dia 31 de dezembro, ocorre depois que o deputado foi preterido pelo governador, que escolheu Antônio Carlos Arroyo (PR) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), deixando-o sem cargo.
“Deduz, você sabe deduzir. É um menino inteligente. Na vida tem que saber a hora de ir embora. Não tem?”, declarou o deputado ao ser questionado sobre o porquê de ter pedido demissão antes do fim do governo de Puccinelli.
Atendendo a pedido de Puccinelli, o deputado não disputou a reeleição para deputado federal, alegando que ajudaria o governador a concluir obras. Porém, há quem entenda que o deputado também foi sacrificado para que processos que envolvem ele e o governador voltem para Mato Grosso do Sul, para ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Questionado se ficou arrependido de desistir da reeleição, o deputado disse que não, mas disparou críticas a política. “Não. De jeito nenhum. Muito mais do que minha vaidade de ser deputado federal, tem o compromisso de ajudar meu Estado. Não tem nada a ver. Sempre serrei leal e grato. Sou um homem, que pra mim a política tem que ser feita com lealdade e gratidão. Não pode ser feita por ameaça, abandono, traição. Por que senão, temos ai este histórico político brasileiro pela vaidade exacerbada, deslealdade, ingratidão e traição. Por isso que o Brasil está nesta situação e não é diferente do Mato grosso do Sul. Por que aqui também a política é feita por ameaça, ingratidão, deslealdade. Não sou um homem deste jeito, por isso que fiquei”, desabafou.
O deputado alega que ajudou a planejar o Estado e a governar e, por isso, tinha a responsabilidade de ajudar a concluir o que tinha planejado. Sem mandato, o deputado diz que vai passar a visitar bairros de Campo Grande e não poupou críticas a atual gestão, de Gilmar Olarte (PP).
“Política nunca vou deixar de fazer. Andar por Campo Grande para mostrar que política não se faz com mentira, enganação, esquema, como está sendo feito hoje. Política não tem que ser feita só para os Poderes, mas lá para o cara onde foi inundado, que é por falta de planejamento, projeto”, concluiu.