Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
Com o fim das eleições municipais deste ano, agora, as atenções da classe política de Mato Grosso do Sul estão voltadas para o pleito de 2026, quando estarão em disputa duas cadeiras para o Senado e oito para a Câmara dos Deputados.
No caso do Senado, além de um nome já dado como certo para disputar uma das duas cadeiras, que é o do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), duas alternativas ganharam força nos últimos dias: os deputados estaduais Gerson Claro (PP) e Coronel David (PL).
Atualmente, os dois fazem parte do mesmo grupo político de Reinaldo Azambuja, que estaria de malas prontas para assumir o PL em Mato Grosso do Sul, portanto, na teoria, apenas um deles poderia sair candidato ao Senado para fazer uma “dobradinha” com o ex-governador.
Porém, caso se concretize mesmo a ida de Azambuja para o partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), a situação de Coronel David ficaria mais complicada, pois dificilmente a legenda lançaria chapa pura na disputa pelas duas vagas ao Senado.
Nos bastidores, conforme apurou o Correio do Estado, a tendência é de que PL e PP façam uma aliança, com uma vaga para o ex-governador e a outra para alguém indicado pela senadora Tereza Cristina (PP), o que, também na teoria, favoreceria Gerson Claro.
Por enquanto, os dois parlamentares negam que já estejam pensando nas eleições de 2026, afinal, ainda faltam quase 22 meses para o pleito, porém, no meio político, ambos estão cotadíssimos para serem os candidatos.
DENTRO DO PERFIL
Com larga experiência política, tanto Gerson quanto David preenchem o perfil para serem mais um dos representantes de Mato Grosso do Sul no Senado, entretanto, até 2026, eles terão de se viabilizar politicamente dentro das suas respectivas legendas.
No caso de Coronel David, se Reinaldo Azambuja assumir mesmo o PL, ficará mais complicado ser o candidato do partido ao Senado, já que o ex-governador assumiria a legenda com o compromisso de concorrer a uma das duas vagas disponíveis.
Entretanto, uma alternativa para isso seria o deputado trocar o PL pelo PP e, dessa forma, ser o candidato progressista na chapa com Azambuja, porém, para isso, seria necessária uma engenharia política, pois, diferentemente de prefeitos, senadores, governadores e presidente, deputados não podem trocar de partido fora da janela partidária.
Já Gerson Claro terá de convencer a senadora Tereza Cristina para ser o candidato do PP ao cargo, entretanto, em conversa com o Correio do Estado no dia 22 de novembro, durante a entrega de nove veículos acessíveis, a parlamentar revelou que, como as opções são tantas, ela ainda vai escolher.
“Temos dois anos ainda e nós estamos construindo. Há vários nomes que apareceram, eu nem sabia que tinha tanto candidato ao Senado aqui no Estado pelo PP”, brincou a senadora.
OUTROS POSTULANTES
Também aparecem como virtuais candidatos ao Senado em 2026 os dois detentores das vagas atualmente – senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) –, mas a rejeição deles entre o eleitorado sul-mato-grossense torna a missão quase impossível.
Há ainda o deputado federal Vander Loubet (PT), que aposta em uma melhoria da popularidade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Estado para dar continuidade ao projeto político. Caso isso não aconteça, deverá buscar mais uma reeleição para a Câmara dos Deputados.
Outro que sonha em disputar uma das duas vagas ao Senado é o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que chegou a desistir de concorrer nas eleições municipais deste ano para não atrapalhar o projeto de 2026.
Ele também espera contar com o apoio de Jair Bolsonaro, porém, com o provável lançamento do nome de Azambuja pelo PL, isso seria muito difícil, portanto, caso insista na empreitada, terá de contar com seus méritos políticos.
2 vagas para o senado em 2026
Nas eleições gerais de 2026, os eleitores de Mato Grosso do Sul poderão escolher dois senadores.
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