Homem é preso suspeito de agredir com martelo enteado que dormia

Um homem de 39 anos foi preso suspeito de agredir um adolescente de 13 anos com dois martelos e uma corrente de ferro, na madrugada desta quarta-feira (9) em Campo Grande. O delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), disse ao G1 que esta é a segunda vez que o menino é agredido pelo padrasto. Conforme o delegado, o menino dormia quando foi agredido com um martelo de madeira, um martelo de ferro e uma corrente na cabeça e na região do tórax. Durante a agressão ele conseguiu fugir e pediu socorro a um vizinho, que o levou até a Unidade Básica de Saúde (UBS) Nova Bahia, de onde foi encaminhado para a Santa Casa. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele foi atendido, passou por diversos exames e está em observação devido aos ferimentos na cabeça. O estado de saúde, a princípio, não é considerado grave. A Polícia Civil foi acionada pelo Conselho Tutelar, que foi avisado sobre o caso pela unidade de saúde. Segundo Lauretto, policiais foram até a residência do suspeito, no bairro Bosque do Carvalho, onde ele foi preso em flagrante. A princípio, conforme o delegado, o suspeito negou o crime. Na delegacia, ele confessou ter agredido o jovem com o martelo de madeira e a corrente, mas negou o uso do martelo de ferro. O suspeito disse também que a mãe da vítima estava trabalhando e que pediu ao adolescente que cuidasse do filho do casal, de 1 ano. Após recusa do adolescente, ele afirmou ter ficado fora de si e, por isso, agrediu o menino enquanto ele dormia. A mãe do adolescente, de 28 anos, foi ouvida e disse que foi avisada do caso pelo vizinho. A polícia vai averiguar se houve negligência ou responsabilidade da mãe sobre o caso. Ainda de acordo com Lauretto, ao verificar o nome da vítima e suspeito, foi constatado que o menino já foi agredido pelo padrasto em setembro de 2011. O inquérito policial do caso foi entregue à Justiça. O suspeito foi indiciado por homicídio doloso na forma tentada. O delegado vai ouvir testemunhas e aguarda o laudo pericial feito nos objetos e no local do crime. O caso será investigado pela Depca.