16/01/2023 08h44min - Geral
2 anos atrás

IBGE projeta safra recorde de 296,2 milhões de toneladas para este ano

Pesquisa divulgada pelo Instituto prevê aumento de 12,6% em relação à safra estimada em 2022. Principal destaque é a soja

Marcelo Camargo/Agência Brasil ► 

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O principal destaque é a soja, com crescimento previsto de 24,1%, o que representa 28,8 milhões de toneladas a mais.

O doutor em teoria econômica e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, analisa que o forte crescimento do setor está ligado a políticas acertadas de anos anteriores e que estimulam, principalmente, o investimento.

“Isso, podemos olhar numa perspectiva de um caso muito maior, quando pegamos da década de 1970 para cá. Ou seja, algo por volta de 50 anos de políticas bem sucedidas direcionadas ao setor agropecuário. E, podemos focar, também, nas políticas mais focadas nas últimas duas décadas, como políticas de crédito, investimento em pesquisa, assistência técnica e infraestrutura", explica o pesquisador do Ipea.

José Eustáquio Ribeiro também observa o crescimento da iniciativa privada nos investimentos do setor agropecuário nas últimas décadas. O economista afirma que o papel do Estado é importante na elaboração dessas políticas, mas o aumento do investimento do mercado privado no setor é importante para o aumento e consolidação dessas medidas.

“Quanto mais você oferta crédito, você estimula o investimento e o investimento aumenta a produtividade. Quando você oferta seguro, se você tem uma quebra de safra, você minimiza as flutuações do investimento. Logo, você também minimiza as flutuações no crescimento da produtividade. Quando você investe em pesquisa, você está investindo em novos conhecimentos, que também interfere na produtividade”, observa José Eustáquio Ribeiro.

Destaques e quedas

Outros insumos que também entram na lista de destaque são o milho, na primeira safra, com aumento de 16,2% (4,1 milhões de toneladas), e na segunda safra estima-se um crescimento de 2,5% (2,1 milhões de toneladas); o algodão herbáceo em caroço, o qual espera-se um crescimento de 53 mil toneladas (1,3%); o sorgo, com 150 mil toneladas (5,3%); e a primeira safra do feijão, com 40 mil toneladas (3,7%).

Já em relação às quedas, espera-se uma diminuição na safra do arroz, com redução de 3,4% ou 360 mil toneladas a menos; da segunda safra de feijão (-9,9% ou 132 mil toneladas a menos); da terceira safra de feijão (-1% ou 6 mil toneladas a menos); e o trigo (-16,2% ou 1,6 milhão de toneladas a menos).

Fonte: Brasil 61