BAND ► Rodrigo foi um dos beneficiados com o adiamento da execução
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News
A Indonésia decidiu adiar as execuções de 11 pessoas condenadas à morte. Entre elas está o brasileiro Rodrigo Gularte, preso em julho de 2004 ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf.
O primeiro ministro da Austrália, que reiterou o pedido de clemência para dois australianos, qualificou o adiamento das execuções como uma notícia encorajadora, mas não definitiva.
Já os familiares do brasileiro ainda tentam que o governo da Indonésia reconsidere a decisão por razões médicas. Rodrigo foi diagnosticado com esquizofrenia e, se acordo com a lei do país, ele poderia ser internado em um hospital psiquiátrico em vez de ser executado.
Uma prima do brasileiro está na Indonésia há mais de um mês acompanhando o caso. Já a mãe de Rodrigo Gularte visitou o filho pela última vez em 2014. Em entrevista recente, ela declarou que o filho estava "totalmente transformado" e havia perdido 15 quilos.
A execução de Rodrigo, que aconteceria ainda em fevereiro, seria simultânea a de outros dez condenados à morte: dois australianos que estão no corredor da morte há quase dez anos; um francês; um nigeriano; um ganense; um filipino e quatro indonésios.
Marco Archer
No dia 18 de janeiro a Indonésia executou seis pessoas, entre elas Marco Archer (o primeiro brasileiro a ser executado por pena de morte no exterior).
O Brasil, assim como a Holanda - que também teve uma pessoa executada -, reagiu com uma convocação para consultas de seus embaixadores.
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em um comunicado que estava "consternada e indignada" com o fuzilamento, que traria consequências para as relações bilaterais.
As execuções de janeiro foram as primeiras desde a chegada ao poder, em outubro do ano passado, do presidente Widodo. Ele colocou em prática o discurso que sustentava durante a campanha eleitoral.
"Não haverá clemência para os narcotraficantes", afirmou Widodo pouco depois de assumir o cargo.
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