g1 ► Wesley Batista apresentou documento ao ST
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A lista com pelo menos 251 nomes de pessoas e empresas que supostamente emitiram notas frias para “esquentar” propina dada pelo grupo JBS ao Governo André Puccinelli (PMDB) repercute entre empresários e políticos do Estado. O discurso entre a maioria é que os documentos apresentados pelos delatores da empresa ao STF (Supremo Tribunal Federal) precisam ser minuciosamente investigados.
No depoimento de Wesley Batista, dono da JBS, à PGR (Procuradoria-Geral da República), o empresário afirma que Ivanildo da Cunha Miranda foi, de 2007 a 2014, o principal operador do ex-governador Puccinelli no suposto esquema de cobrança de propina para concessão de benefícios fiscais.
Para comprovar que o grupo fazia pagamentos a empresas indicadas por Ivanildo, Wesley entregou ao STF uma lista com pelo menos 251 nomes que teriam recebido R$ 105 milhões no período de sete anos.
O documento foi apensado ao processo depois da PGR enviar a denúncia dos delatores ao STF. Dessa forma, assim como outros pontos, a veracidade de todas as informações que constam nas 17 páginas repletas de nomes e valores ainda será analisada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no supremo.
Uma das dificuldades que o delator acabou impondo ao STF foi o fato da lista conter apenas nomes, sem detalhes como CPF ou CNPJ. Alguns supostos emissores de notas frias, por exemplo, aparecem apenas com nome e um sobrenome, situação que dificulta a confirmação do real recebimento de valor possivelmente ilícito.
Responsáveis por algumas das empresas citadas na lista entraram em contato com o Jornal Midiamax negando qualquer tipo de envolvimento com esquema de propina instituído no Governo do Estado. Muitos dizem que realmente fizeram negócios com a JBS e que não repassaram qualquer parte da transação para personagens do Governoo com objetivo de “esquentar” propina.
A lista entregue ao STF também repercutiu entre deputados estaduais, na sessão desta terça-feira (13). Entre eles, há quase que total unanimidade no discurso de que é necessária apuração detalhada do conteúdo da lista para condenação de qualquer envolvido no esquema.
Integrante da bancada peemedebista na Assembleia, Eduardo Rocha falou sobre a necessidade de apuração de tudo que foi dito pelos delatores. “A Polícia Federal e a Justiça que vão ter que investigar toda essa delação, que já está sendo questionada também por conta da soltura de dois irmãos criminosos confessos”, disse o deputado.