Mara reforça urgência no combate ao feminicídio no encerramento do Agosto Lilás

om a aproximação do fim do Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra as mulheres, a deputada Mara Caseiro (PSDB) destacou na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) a necessidade urgente de esforços coletivos para erradicar o feminicídio no estado. 

Segundo dados apresentados, Mato Grosso do Sul já registrou 20 feminicídios em 2023, mantendo a mais alta taxa desse crime no Brasil.

“A Secretaria de Segurança Pública revelou que há um caso de violência doméstica registrado a cada meia hora no Estado. As denúncias pelo Disque 180 aumentaram 27,5%. Cada caso de violência contra a mulher evidencia uma falha da sociedade em garantir seus direitos. Precisamos nos envolver, denunciar e promover a cultura da igualdade de gênero. Somente juntos podemos fazer a diferença”, enfatizou a deputada.

Mara Caseiro também relatou que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) monitora atualmente 189 agressores com tornozeleiras eletrônicas e que 29 mulheres dispõem do botão do pânico para proteção imediata. 

“Em oito anos, 10.800 agressores foram monitorados e 1.300 vítimas receberam o botão do pânico, e nenhuma dessas mulheres foi assassinada. Precisamos falar sobre isso todos os dias, pois 80% das vítimas de feminicídio não fizeram denúncias prévias. Se tivessem acesso às medidas protetivas, suas vidas poderiam ter sido salvas”, afirmou.

O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos), autor da Lei Estadual 4.969/2016, que instituiu o Agosto Lilás em Mato Grosso do Sul, concordou. “O Estado já avançou muito, mas não é por acaso que a primeira Casa da Mulher Brasileira foi instalada aqui, dado o alto índice de violência. Essa é uma causa abraçada por todos os 24 deputados. O respeito deve ser a prioridade todos os dias, não apenas no 8 de março”, declarou.

O presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), destacou a Campanha #todosporelas, lançada em parceria com o Judiciário e o Executivo, para promover políticas públicas permanentes. “Assumimos um compromisso, em nome da ALEMS, pelo fim da violência. Cheguei à conclusão de que os homens precisam se envolver mais, pois são os principais responsáveis pela violência. Vamos todos participar da campanha e nos unir, todos por elas”, concluiu. A campanha promoverá uma caminhada no dia 31 de agosto, às 16h, no Parque das Nações Indígenas.

INICIATIVAS EDUCATIVAS E DE CONSCIENTIZAÇÃO

A Comunicação Institucional da ALEMS desenvolveu a coleção “Cidadania é o Bicho”, composta por livros infantis que abordam os direitos humanos, tendo como cenário o Pantanal e seus animais. Dois desses livros – “A descoberta da oncinha de laço apertado” e “Iguana Calada” – tratam sobre a violência contra a mulher. A coleção está disponível online.

Além disso, a página multimídia ALEMS e Elas reúne leis, proposições e a história de mulheres que lutam por seus direitos. Este conteúdo está acessível ao público e visa ampliar a conscientização sobre a importância da igualdade de gênero.

SERVIÇO:

Onde procurar ajuda em caso de violência contra a mulher:

Denúncias e informações: ligue 180.

Patrulha Maria da Penha: ligue 153.

Casa da Mulher Brasileira: Rua Brasília, lote A, quadra 2 - Jardim Imá. Telefone: (67) 2020-1300.

Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam): Rua Piratininga, 559 - Jardim dos Estados. Telefone: 0800-067-1236.

Ministério Público: Atendimento via WhatsApp: (67) 9-9825-0096. Telefone da 72ª Promotoria de Justiça da Casa da Mulher Brasileira: (67) 3318-3970.

Defensoria Pública: Atendimento por WhatsApp: (67) 9-9247-3968. Atendimento online: defensoria.ms.def.br. Núcleo de Defesa da Mulher: (67) 3313-4919. 

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