30/06/2015 10h52min - Geral
10 anos atrás

Moradores de Naviraí já se mobilizam para mais um julgamento de vereadores

cassação naviraí

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Moradores aqui de Naviraí já estão se mobilizando para mais um julgamento dos vereadores supostamente envolvidos em corrupção na câmara municipal e foram denunciados durante a Operação Atenas da PF no ano passado. Pela manhã faixas e cartazes foram fixados em frente ao prédio daquela Casa de Leis, pedindo a cassação e o fim da corrupção. Duas semanas depois de suspender o julgamento de mais cinco vereadores acusados de quebra de decoro por envolvimento na Operação Atenas, o juiz Eduardo Magrinelli Junior decidiu revogar a liminar e a sessão para julgar os remanescentes dos 13 eleitos em 2012 em Naviraí. Será nesta terça-feira, às 18h, a sessão extra-ordinária de julgamento dos vereadores afastados José Odair Gallo (PDT), José Roberto Alves (PMDB), Moacir Aparecido de Andrade (PTdoB), Jaime Dutra (PT) e Mário Gomes (PTdoB), todos citados nas gravações feitas pela Polícia Federal durante dez meses de investigações da Operação Atenas. Segundo o site Campograndenews, os denunciados pelo Ministério Público por ligação com o esquema de corrupção montado pelo ex-presidente da Câmara, Cícero dos Santos, o Cicinho, os cinco se tornaram réus por organização criminosa, assim como os outros oito eleitos em 2013 – seis já foram cassados, entre eles Cicinho, e dois renunciaram. PROCESSO LEGAL Em despacho assinado na quinta-feira desta semana, o juiz Magrinelli Junior confirma a legalidade do processo por quebra de decoro, conduzido pela Comissão Processante da Câmara. “Concluo que de fato a liminar concedida para suspender a realização da sessão extraordinária que irá decidir pela cassação – ou não – dos mandatos dos impetrantes, está a subtrair, ou a impedir a legítima atuação do Poder Legislativo, sem que ele, ao menos, tenha se pronunciado definitivamente”, afirma o juiz. ARTIMANHA Magrinelli Junior continua: “Noto que os impetrantes não alegaram, no processo administrativo, qualquer irregularidade ou nulidade que seja, deixando transcorrer todo o procedimento e só buscaram a nulidade quando o mesmo estava concluído e às portas de ser submetido ao crivo do plenário, o que quer dizer que estão a usar do Judiciário para tentar impedir que o Poder Legislativo, originariamente competente, delibere sobre assunto de seu exclusivo interesse”. CGNews