midiamax ► Senadora Simone foi a sexta a fazer perguntas a Dilma
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A sexta a questionar a presidente Dilma Rousseff em sua defesa nesta segunda-feira (29) no Senado e a primeira da lista de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (PMDB) baseou sua pergunta na política fiscal. “Não inventei a crise”, respondeu Dilma.
A senadora contextualizou a pergunta descrevendo que as pedaladas não foram fatos isolados, mas “consequência do descontrole da responsabilidade fiscal do governo Dilma”, acusando a presidente afastada de esconder da sociedade e dos investidores a real situação do país.
“Vendeu um Brasil irreal aos brasileiros e os números não confiáveis levaram a perda de confiança no governo. Parou-se de investir, trouxe a recessão, desemprego recorde e PIB (Produto Interno Bruto) negativo nos últimos três anos”.
Por fim Simone perguntou se caso Dilma pudesse voltar no tempo se faria uma política fiscal diferente, se fixaria novamente a meta fiscal unilateralmente, obrigando aos bancos a suportar com recursos próprios as despesas atrasando e pagando juros e, se fosse absolvida, o que faria para recuperar o equilíbrio das contas e reconquistar a confiança do povo brasileiro.
Irritada, Dilma respondeu que a meta fiscal é aprovada pelo Congresso, em uma interação entre Executivo e Legislativo. “Tem previsão na Constituição sem autorização legislativa. É uma lei que a senhora votou e autorizou o Executivo de poder abrir, desde que sejam compatíveis com a obtenção do resultado primário”.
Em relação aos bancos públicos, Dilma afirmou que o Senado criminaliza a política fiscal. “Não foi o Brasil que passou por esta crise. Não é desde 2009 como a senhora afirmou. Desde 2009 passamos a vivenciar crise mundial. Não espero que vá me julgar de acordo com o governo Lula ou anteriores, mas vou defender o que foi feito no governo dele”, pontuou.
A presidente afastada citou a crise nos derivativos imobiliários internacionais e afirmou que Lula assumiu “políticas anticíclicas para impedir que os efeito da crise chegassem em 2010, mas que neste período veio a crise do Euro.
“Nós não inventamos a crise, ela estava por aí. Nós seguramos o emprego . Ocorre que a crise nos atinge de forma forte a partir de outubro de 2014, com o fim do superciclo das commodities, saída dos americanos da política de expansão de crédito e isso estremeceu todas as moedas do mundo, houve desaceleração da China como causa e efeito disso e enfrentamos uma das maiores crises energéticas do país”.
Dilma afirmou que citar os três decretos feitos por ela que sugerem as pedaladas fiscais como culpadas pela crise é “inverter completamente a casualidade” e cutucou a senadora, criticando a política de austeridade do FMI (Fundo Monetário Internacional).
“Me espanta que no caso dos produtores rurais, principalmente nos estados representados por produtores rurais, haja essa visão de criminalizar as políticas do Plano Safra. Nós pagamos o passivo. Agora, quero dizer que se continuarem criminalizando o Plano Safra e os planos disponíveis sobre ele as consequências vão ocorrer. Vai ser uma dificuldade enorme tocar um Plano Safra daqui para frente”, finalizou Dilma, sem responder a todas as perguntas da senadora Simone Tebet.
midiamax