Helio de Freitas ► Sistema de monitoramento de fronteiras sofreu seguidos cortes de verbas e projeto-piloto se arrasta
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
Faltando pouco mais de um mês para o fim do governo Michel Temer, o ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna desembarca por volta de 9h30 desta quinta-feira (22) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, para conhecer o projeto-piloto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras).
Em fase de instalação desde 2013, o projeto-piloto abrange uma extensão de 650 quilômetros de fronteira, de Mundo Novo a Bela Vista, mas está atrasado em pelo menos dois anos por causa dos seguidos cortes de verba.
Nos últimos três anos, o quartel da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, virou alvo da peregrinação de políticos, embaixadores e autoridades militares de países europeus, norte-americanos e da Ásia.
O próprio presidente Michel Temer conheceu o Sisfron em 2015, quando ainda era vice da então presidente Dilma Rousseff (impedida em 2016).
Apesar da visibilidade internacional que o projeto recebeu nos últimos anos e da importância para ajudar a proteger a fronteira do narcotráfico e contrabando que dominam a região, o Sisfron recebe cada vez menos dinheiro.
De 2016 para 2017, o governo Michel Temer cortou pela metade o dinheiro injetado no Sisfron. O investimento passou de R$ 285,7 milhões para R$ 132,4 milhões.
Previsto para cobrir 16 mil quilômetros de fronteiras brasileiras, o Sisfron é dotado de equipes especiais, carros de combate, radares, antenas e centro de operações para gerenciamento das informações.
O investimento total no projeto foi orçado em R$ 11,9 bilhões. A previsão era que o sistema funcionasse em toda a fronteira brasileira até 2022, mas por falta de dinheiro isso só deve acontecer em 2035.