divulgação ► Esta é a carta que ele deixou para sua ex mãe das crianças
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
O motorista de 48 anos que morreu no sábado (24) com os quatro filhos em um acidente na BR-070, em Cocalzinho de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, deixou com a ex-mulher uma carta minutos antes do acidente dizendo que ela não veria mais as crianças.
O G1 teve acesso à carta de quatro páginas. "Samara, espero que quando você estiver lendo essa carta eu e os meus filhos já estejam (sic) bem longe", diz na primeira frase. "Hoje é um grande dia, para mim e meus filhos. Estaremos buscando um lugar de paz onde não exista humilhação e covardia."
Marco Aurélio Almeida Santos foi buscar os quatro filhos - três meninos e uma menina - em Brazlândia, no Distrito Federal, na casa da família da ex-mulher na manhã deste sábado (24). Ele costumava pegar as crianças aos finais de semana para passear.
Minutos depois de saírem da casa, o carro em que os cinco estavam colidiu frontalmente contra uma carreta. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Santos tentou fazer uma ultrapassagem, mas acabou batendo no veículo de carga.
O carro ficou destruído. Todos os ocupantes do veículo morreram no local. O Corpo de Bombeiros teve que remover o capô do carro para retirar as vítimas. O motorista da carreta teve ferimentos leves.
Na última frase da carta entregue à ex-mulher, ele se despede. "Hoje 24-01-2015 será o último dia que você verá seus filhos e seu marido", afirma na quarta página. "Pode ficar com a casa em Vicente Pires e retornar a sua vida, mas com meus filhos você não viverá essa pouca vergonha."
Na delegacia de Águas Lindas, o acidente foi registrado como quatro homicídios e um suicídio. Segundo o delegado Renato Sampaio, há indícios de que não se trata de um acidente, "já que a carta tem um tom de despedida", mas as investigações continuam.
De acordo com o delegado, o motorista do automóvel se separou há pouco tempo da mãe das crianças. A mulher afirmou na delegacia que não leu a carta imediatamente depois que ela foi entregue. Quando começou a ler a carta, Santos já tinha saído com as crianças.