Arquivo JCSul ► Secretário Jacini criticou a atual lei que trata os usuários de drogas
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News
A volta da punição para o usuário é apontada como caminho para frear o consumo de droga. Nesta terça-feira, durante a incineração de 140 toneladas de entorpecente, o retorno da penalização criminal, como era praticado até 2006, foi defendido pelos titulares da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), WantuirJacini, e da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Rodrigo Yassaka.
Para eles, a nova legislação incentivou uso de drogas, com a lógica de que se há procura é preciso aumentar a oferta para atender a clientela. “Considero a lei totalmente errônea”, afirma Jacini. O secretário defende que o usuário responda criminalmente.
O delegado Rodrigo Yassaka afirma que a Denar cumpre seu papel de fazer investigações, prisões e apreensões .
“Mas, infelizmente, o consumo é respaldado pela lei. É difícil esse combate diário. Anteriormente, se o policial flagrasse um usuário com drogas, era levado para a delegacia, fichado e respondia criminalmente por isso. Hoje em dia, o policial flagra, é levado para a delegacia e liberado em 30,40 minutos”, salienta.
Ele reclama que a polícia fica de mãos atadas diante da lei da despenalização da posse de droga. A incineração de hoje foi a quinta realizada em 2014 no Estado, sendo a segunda da Denar.
Na etapa desta terça-feira, foram incineradas 137,4 toneladas de maconha; 2,7 toneladas de cocaína; e 225,8 quilos de drogas sintéticas, como ecstasy e LSD. A destruição foi no frigorífico JBS, na saída para Sidrolândia.
Nos oito primeiros meses do ano, foram presas 2.146 pessoas por tráfico no Estado. O total teve aumento de 16% quando comparado ao mesmo período de 2013, com 1.852 prisões. De 2013 a 2014, a Polícia Civil retirou de circulação 200 toneladas de drogas.