Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A Prefeitura de Naviraí, numa iniciativa da Gerência Municipal de Educação e Cultura, está prestando atendimento psicológico aos docentes e aos administrativos da educação municipal. A proposta considera os problemas surgidos com a imposição do isolamento social e, principalmente, a interrupção temporária das aulas presenciais.
O “Projeto Ativamente” iniciou em março, visando diminuir o impacto psicológico sofrido pelos professores que foram obrigados a intensificar a jornada de trabalho devido à pandemia do coronavírus. “Para este projeto, contamos com total aval da prefeita Rhaiza Matos e contratamos duas psicólogas. Uma foi designada para atender a educação inclusiva e outra psicóloga ficou na GEMED, para atendimento aos professores”, anuncia a gerente Tatiane Morch (Educação e Cultura).
Até o presente momento o projeto recebeu um total de 54 inscritos. “Os atendimentos são realizados de forma online, no período matutino. Agora, vamos ofertar o atendimento psicológico aos servidores do setor administrativo”, acrescenta a psicóloga Alessandra Fonseca de Lima, responsável pelo projeto.
O atual cenário global trouxe ao setor educacional um desgaste emocional sem precedentes, sobretudo, aos docentes, devido às incertezas. “Identificamos o medo, a insegurança e o pânico entre os professores. As relações sociais vêm sofrendo abalos diários devido ao sentimento de pesar de alunos e suas famílias, reverberando diretamente no ambiente educacional, junto aos professores. Tudo isso está exigindo uma carga extra de cuidado, atenção e responsabilidade. Lidar com este “novo normal” é o que estamos propondo através do atendimento psicológico”, justifica Alessandra Fonseca de Lima.
A gerente Tatiane Morch vai mais além e observa que as necessidades emocionais interferem, e muito, nas aulas on-line. “Tudo está sendo feito remotamente. Os professores têm que conquistar a atenção dos alunos para o sucesso do ensino. Os pais têm dificuldades e não ajudam os filhos nas atividades, por não terem habilidades. Toda a pressão social recai sobre os ombros dos professores. Visando diminuir esta carga mental e laboral decidimos pelo atendimento psicológico para que doenças clínicas sejam evitadas”, pontua Tatiane.
ASCOM